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Por que as enzimas do etanol 2G estão com as multinacionais?

A discussão das enzimas integra a pauta do Simpósio (Foto: Daniela Collares)
A discussão das enzimas integra a pauta do Simpósio (Foto: Daniela Collares)

Novozymes e DuPont são duas companhias estrangeiras que atuam na produção e comercialização de enzimas, matérias-primas para a produção de etanol de segunda geração, também chamado de celulósico.

Mas por que a produção dessas enzimas também não é feita por companhias brasileiras, já que o mercado para esse material tem grande potencial de crescimento?

Responder essa pergunta está na pauta de discussões …. 

de simpósio que a Embrapa promove nos dias 23 e 24 de novembro em Brasília.

O Simpósio “Agroenergia em Foco” discutirá a produção e uso de enzimas para desconstrução de biomassa.

O chefe de Pesquisa & Desenvolvimento da Embrapa Agroenergia, Guy de Capdeville, explica que o tema foi escolhido pela importância que enzimas têm para a bioenergia.

“É um campo amplo que está muito pouco explorado e existem, hoje, poucas empresas atuando nesse mercado. Como nós temos biodiversidade, competência técnica e infraestrutura, temos como desenvolver tecnologia nacional nessa área”, ressalta.

O Simpósio dará origem a um documento elencando prioridades de pesquisa em etanol 2G e bioprodutos, que norteiem as ações de pesquisa não só na Embrapa, mas também no contexto nacional.

Confira mais:

O Simpósio faz parte da programação do II Encontro de Pesquisa e Inovação da Embrapa Agroenergia, em que serão apresentados trabalhos de estagiários e bolsistas que participam dos projetos da instituição. As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas até 13/11, pelo e-mail[email protected].

Na primeira manhã do Simpósio, a Embrapa Agroenergia vai apresentar suas linhas de pesquisa e os participantes poderão conhecer os laboratórios da instituição. Na parte da tarde, o debate será voltado para o mercado de enzimas, dentro e fora do Brasil.

Para tanto, participarão da mesa-redonda especialistas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), da Universidade de São Paulo (USP) e da empresa Novozymes, detentora de quase 50% do mercado mundial de enzimas comerciais.

Coordenadora da mesa-redonda de que eles farão parte, a economista Daniela Tatiana de Souza, analista da Embrapa Agroenergia, espera que a discussão possa traçar um quadro de informações, estratégias e oportunidades nesse segmento.

A discussão das enzimas integra a pauta do Simpósio (Foto: Daniela Collares)
A discussão das enzimas integra a pauta do Simpósio (Foto: Daniela Collares)

Biomassa

A desconstrução de biomassa lignocelulósica será o tema das discussões do segundo dia do Simpósio. Enzimas são peças-chave para a desconstrução desse tipo de material, que é base para a produção de etanol celulósico (2G) e diversos bioprodutos de valor agregado.

Participam do debate pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de Caxias do Sul (UCS) e Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE). A recalcitrância da biomassa, bem como formas de pré-tratamento e aplicação das enzimas estão entre os pontos que serão tratados.

Durante toda a Semana do EnPI 2015 (23 a 27 de novembro), pôsteres com pesquisas desenvolvidas nos laboratórios da Embrapa Agroenergia estarão em exposição. Haverá também apresentações orais e os melhores trabalhos serão premiados. A apresentação de trabalhos é restrita aos colaboradores que possuem vínculo com a Embrapa Agroenergia, mas a participação ao longo do evento é livre e gratuita.

O evento conta com o apoio do Banco de Brasília (BRB), da Fundação de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal (FAP/DF) e da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio).

Saiba mais: https://www.embrapa.br/agroenergia/enpi. (Com informações da assessoria da Embrapa)