Em estudo divulgado nesta terça-feira (10/11), a Agência Internacional de Energia (AIE), com sede em Londres, dispara: o barril de petróleo voltará a US$ 80 em 2020.
O aumento do valor, que representa médios US$ 30 acima da cotação média atual, reflete a oferta menos abundante do óleo.
A AIE descarta um longo período de preços baixos.
“O processo de ajuste do mercado do petróleo raramente transcorre com suavidade, mas em nosso cenário central, o mercado se reequilibrará a US$ 80 o barril em 2020, com uma persistência posterior de aumento dos preços”, avalia a AIE em seu relatório anual.
Os preços do petróleo caíram a menos da metade desde meados de 2014 e estão no momento abaixo dos US$ 50 o barril, pressionados, especialmente, pela ofensiva comercial da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), liderada pela Arábia Saudita, que inunda o mercado para evitar o crescimento da exploração de xisto nos Estados Unidos.
Mas segundo a AIE, esta queda nos preços é o início de um reequilíbrio do mercado ao alentar a demanda e reduzir a produção futura, devido aos cortes operados pelas companhias em seus gastos com exploração e produção.
Consequentemente, a produção dos países que não integram a Opep atingirá seu pico antes de 2020, com um pouco mais de 55 milhões de barris diários, enquanto o cartel petroleiro deve ser impulsionado por Irã e Iraque.
A demanda crescerá, em média, 900 mil barris/dia ao ano até 2020, para atingir 103,5 milhões de barris/dia vinte anos mais tarde, contra 92,7 milhões de barris/dia em 2014.