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Menor preço e menores vendas de açúcar fazem EBITDA da Raízen recuar em 54%

Menor preço e menores vendas de açúcar fazem EBITDA da Raízen recuar em 54%

O EBITDA ajustado do segundo trimestre da safra 2018/19 (2T19) da Raízen Energia foi de R$ 648 milhões (-54%), na comparação com igual período da temporada 17/18. O segundo trimestre da safra avalia o comportamento dos meses entre julho a setembro.

A queda de 54% do EBITDA ajustado, segundo a Raízen, reflete os menores preços realizados de açúcar e, principalmente, a queda dos volumes vendidos da commodity, em linha com a estratégia de comercialização para a safra.

No período, a moagem totalizou 24,3 milhões de toneladas (-14%), afetada por mais dias com chuva no período.

Já a produtividade agrícola, medida em quilos de ATR por hectare, foi 7% inferior ao 2T18, refletindo o clima mais seco da entressafra, que aumenta a concentração de sacarose na cana, mas reduz a densidade do canavial.

Conforme o relatório doa 2T19, a produção de açúcar equivalente foi 12% menor, alinhada à menor moagem no período, com destaque para o mix de 51% para etanol (versus 43% no 2T18), em função da maior rentabilidade do produto.

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O menor preço e as menores vendas de açúcar também impactaram na receita líquida da Raízen Energia no segundo trimestre da safra 18/19. 

Conforme relatório da companhia, a receita líquida ajustada do 2T19 alcançou R$ 5,4 bilhões.

“Cabe destacar que desde o 1T19 a receita líquida da Raízen Energia passou a ser impactada por dois efeitos: (i) operações de trading de derivados na linha de Outros Produtos e Serviços; e (ii) a partir de agosto, consolidação dos resultados da WX, comercializadora de energia elétrica, aumentando o volume de trading/revenda, na linha de Cogeração de Energia”, destaca a empresa no relatório.

Ambas as operações podem impactar de forma relevante a receita e o custo, em função do aproveitamento de oportunidades de mercado, mas geram impacto limitado no lucro bruto.

“Por este motivo, destacamos abaixo os principais efeitos que impactaram principalmente os produtos próprios:
Açúcar: a receita líquida ajustada totalizou R$ 985 milhões (-49%), queda em razão do menor preço médio
(R$ 996/ton, -34% versus 2T18) e menor volume de vendas (-28%), alinhado à estratégia de produção e
comercialização para a safra.

Etanol: A receita líquida somou R$ 2,1 bilhões (+19%) no 2T19, reflexo do maior volume de vendas (+8%) com
preço médio realizado superior (R$ 1.760/m³, +10% versus 2T18), tanto nas exportações quanto no mercado
doméstico.

Cogeração: A receita líquida pela venda de energia elétrica reflete o menor volume próprio produzido no trimestre
em razão da menor moagem. O preço médio de vendas atingiu R$ 333/MWh, 27% superior na comparação com
2T18, em linha com a alta do preço spot.

Clique aqui para ler em PDF o relatório da Raízen no 2T19