Duas usinas de cana-de-açúcar estão confirmadas no Polo Bioenergético e Sucroalcooleiro da região do Médio São Francisco, na Bahia.
Uma delas está em fase de obras.
A Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), do governo estadual, no entanto, projeta mais oito unidades produtoras sucroenergéticas no Polo.
Para isso, a proposta é atrair empresários de estados do Centro-Sul, onde fica 90% da produção nacional de etanol e de açúcar.
Entre os dias 26 e 27, representantes da SDE acompanharam comitiva de empresários e técnicos de Minas Gerais em visita à região que já é chamada de Eldorado Sucroenergético do Brasil.
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Primeira das usinas já emprega 500
Os visitantes são da região de Unaí (MG).
Eles visitaram os municípios de Barra e Muquém do São Francisco, onde a primeira das 10 usinas do ‘Eldorado’ está em fase de implantação.
Trata-se de unidade produtora do Grupo Paranhos, com sede em Pernambuco e extensões em Minas e na Bahia.
Segundo o SDE, a implantação da futura usina já emprega 500 trabalhadores locais.
Já a segunda usina de cana proposta para a região, conforme o SDE, é a Fazenda Igarité, do empresário Pedro Leite.
“No final de 2019, estivemos aqui com representantes de fundos de investimentos, bancos de fomento e empresários da mineira Bevap Bioenergia”, relata João Leão, vice-governador e titular do SDE.
“Agora, recebemos empresários especialistas no cultivo de grãos irrigados, como feijão, soja e sorgo”, diz.
“Eles vieram ver de perto a viabilidade do negócio e vão enviar técnicos para fazer um estudo in loco”, diz Leão.
Larga experiência em agricultura irrigada
“Quem dá conta de plantar de feijão a laranja, vai ter naturalmente sucesso com a cana”, destaca o consultor de negócios Anderson Adauto, que acompanhou a comitiva.
“E a grande vantagem deste grupo é ser unido, coeso, todos são agricultores profissionais e têm uma larga experiência em agricultura irrigada.”
Segundo Adauto, que foi prefeito de Uberaba e ministro dos Transportes, o projeto da segunda usina do Polo deverá ser apresentado nessa semana para a União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA).
“A UNICA congrega todas as indústrias deste ramo, eles estão muito animados e, com o RenovaBio, o País precisará de 20 a 30 usinas, com 3,5 milhões de toneladas de cana cada uma”, diz.
“Temos uma experiência exitosa no triângulo mineiro em relação ao segmento sucroenergético e vi aqui o que precisamos para produzir com sustentabilidade, renda e produtividade”, comenta o agricultor e deputado federal por MG Zé Silva.
“Há água abundante, muita luminosidade e, especialmente, solo com topografia plana, todo mecanizável. Então, eu vejo a perspectiva do setor sucroenergético, mas também fazer a integração, a rotação de culturas.”
“Pelo que vimos, no plantio dos Paranhos, a produção de cana-de-açúcar está se mostrando de qualidade, pelos experimentos em curso. Então, acho que o projeto é muito promissor”, relata Antonio Giló, empresário e chefe da comitiva mineira.
” O que estamos pensando é em formar um grupo, para atuar como indústria de integração, como já fazemos em Minas, com grandes produtores, com tecnologia, e vir para cá”, finaliza.
(Com conteúdo da Assessoria da SDE)
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