O governo do Estado de São Paulo está em busca de recursos financeiros junto a fundos de previdência para investir na modernização das usinas de cana-de-açúcar paulistas.
“É dinheiro novo”, afirmou Márcio França, vice-governador do Estado de São Paulo e secretário estadual de Ciência e Tecnologia, em entrevista ao Portal JornalCana durante visita a Fenasucro & Agrocana, na terça-feira (25/08), primeiro dia do evento, o maior do setor sucroenergético do mundo, que é realizado em Sertãozinho até a próxima sexta-feira (28/08).
Na entrevista, França explica sobre as ações do governo paulista para ajudar a reduzir a crise do setor sucroenergético.
“O Estado de São Paulo já responde por 60% do consumo nacional de etanol, por conta da diferença tributária que existe no Estado em relação ao biocombustível”, disse ele.
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“Fizemos uma equação tributária para que o etanol pudesse ter uma tributação equânime da produção até a energia elétrica, porque muitas as empresas [usinas de açúcar e etanol] são subdivididas em duas empresas e isso acaba gerando confusão”, emendou. “[Foi feita] uma modelagem muito moderna. São Paulo já responde por 15% a 16% de toda a cana-de-açúcar do mundo.”
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“Acabei de assinar hoje [terça-feira, 25/08, na Fenasucro & Agrocana] mais um convênio, para colocar mais recursos na Fatec para preparar os meninos para esse novo Arranjo Produtivo de Sertãozinho, surgido a partir da industrialização regional, por conta das caldeiras e das turbinas”, disse.
“O próximo passo é arrumar os recursos para que haja financiamento especial para as empresas investirem em retrofit, para quem vai usar as caldeiras em uso, como para as novas, dependendo da situação”, acrescentou. “Para isso, estamos analisando linhas novas de crédito com o Desenvolve São Paulo, banco de fomento do Estado, a partir de fundos de previdência e, assim, estamos encontrando dinheiro novo.”
Isenção
“Fizemos a isenção tributária com o retrofit, hoje com 0% de ICMS, nas caldeiras”, lembrou. “O Governo estadual tem toda a intenção de colaborar para que o setor sucroenergético se modernize.”
A ideia, emendou, “é de que todas as usinas tenham o mais moderno sistema de ponta a ponta, para que tenhamos, além dos benefícios vindos com a cana, produzir energia elétrica e usar a energia”, disse.
“E no caso das caldeiras, evoluir para chegar a combustão de resíduos orgânicos, o que seria o lixo. Quando isso ficar pronto, aí teremos um outro nicho de mercado para essas empresas [participantes da Fenasucro] que trabalham com caldeiras”
