As diferenças tributárias em favor do etanol estão entre as promessas dos governadores Marcone Perillo (Goiás), Beto Richa (Paraná) e Geraldo Alckmin (São Paulo) pelo setor sucroenergético. Os três participaram de rodada de discussões no Ethanol Summit nesta terça-feira (07/07), segundo e último dia do evento realizado na capital paulista.
“Previsibilidade e planejamento atrairão investimentos para o setor sucroenergético, mas cabe ao governo federal saber qual será o papel do etanol na matriz de combustíveis, qual a participação da bioeletricidade na matriz energética”, disse Alckmin.
“No Estado de São Paulo, em razão da queda de investimentos, o que fazemos, através do Instituto Agronômico (IAC), do governo estadual, é fornecer mudas pré-brotadas, em nome do ganho de produtividade”, exemplificou.
Richa, do Paraná, anunciou a assinatura, oficializada na segunda-feira (06), de decreto que “ajuda o setor a ampliar a produtividade com a redução de ICMS na produção de bioeletricidade feita da palha e do bagaço da cana-de-açúcar, com a geração de 600 megawatts (MW).
Perilo lembrou que há carta entregue para a presidenta Dilma Rousseff na qual, entre outras reivindicações, há a solicitação de mistura de 29% de etanol hidratado na gasolina. Desde o começo do ano, essa mistura passou de então 25% para 27%.
Segundo Alckmin, o Estado de São Paulo já pode ser chamado de Califórnia, com o uso de energias renováveis. “Cincoenta e cinco por cento do uso de energias no Estado são de renováveis e o etanol, no qual somos campeões de flexfuel, temos de fortalece-lo”, disse.
Alckmin aproveitou para criticar a prática de ajuste fiscal do Governo federal. “Com Selic em alta e falta de crescimento, é tiro no pé”, disse. “Com crescimento, o país cresce, mas com PIB negativo não se irá a lugar nenhum.”