Um avião da GOL partiu de Orlando (EUA) nesta quarta-feira (30) com uma mistura de querosene de aviação feito a partir de cana-de-açúcar.
Produzido pela Amyris em sua fábrica localizada em Brotas, interior de São Paulo, o combustível teve que ser exportado para os EUA para poder ser usado pela Gol.
O combustível já foi certificado internacionalmente, pela ASTM International, certificadora internacional de padrões industriais, mas o certificado não é reconhecido automaticamente pela ANP.
A agência brasileira fará a análise do caso em um processo que pode levar 90 dias. Até a conclusão do processo na ANP, não é possível abastecer com o produto nos aeroportos brasileiros.
A mistura que abasteceu o Boeing 737-800 da Gol foi composta de 10% do combustível renovável de cana e 90% de combustível fóssil.
Gol e Amyris trabalham desde outubro de 2013 em um programa de uso de combustível de aviação renovável derivado de cana-de-açúcar.
“Este ano a GOL consolidou importantes projetos relacionados ao seu compromisso com a sustentabilidade do setor.
Operamos o primeiro voo do Aeroporto Tancredo Neves, em Confins (MG) abastecido com biocombustível, concluímos 200 voos verdes iniciados na Copa do Mundo e agora somos a primeira aérea brasileira a realizar um voo internacional com combustível renovável e, além disso, derivado da cana-de-açúcar brasileira”, disse Pedro Scorza, diretor Técnico Operacional da GOL.
A meta da Gol é alcançar o marco de 1% de combustível renovável na frota da GOL em 2016.
*Texto originalmente publicado no blog Senhores Passageiros da Folha de S. Paulo.