As empresas de aviação agrícola querem comprar etanol direto das usinas.
A ideia é inserir a categoria na medida em estudo pelo Governo para permitir a comercialização do biocombustível entre usinas e postos, sem a intermediação das distribuidoras.
Segundo o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), o País conta com cerca de 2,2 mil aeronaves.
São aparelhos que utilizam três tipos de combustível: etanol e gasolina de aviação (avgas) para os motores a pistão e querosene de aviação para os motores turboélices.
Já no caso da frota a etanol, a maior parte dela está no Sudeste e Centro-Oeste, onde o combustível é mais barato (pela grande produção de cana-de-açúcar associada à maior presença de usinas).
Conforme a entidade, essa frota é de pelo menos 500 aviões que, em épocas de safra, chegam a realizar até 50 pousos e decolagens por dia.
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Proposta de compra direta de etanol é feita a ministro
A proposta de inclusão das empresas de aviação agrícola em uma possível medida do Governo para permitir a venda direta foi apresentada na quarta-feira (29).
Na ocasião, Thiago Magalhães Silva, presidente do Sindag, participou de encontro no Ministério da Economia.
Foi com o diretor de Desburocratização da Secretaria Geral de Desburocratização, Gestão e Governo Digital, Geanluca Lorenzon.
Economia de até R$ 0,60 por litro
A intenção é possibilitar que os operadores com aeronaves movidas a etanol possam fazer suas compras a granel diretamente das usinas.
“Explicamos que as empresas aeroagrícolas também compram grande quantidade de combustível”, diz.
“E que a medida aliviaria o custo operacional para frota a etanol.”
A estimativa do Sindag é de que a economia poderia ficar entre 30 e 60 centavos por litro.
“Mas muita gente desconhece que uma parte significativa da frota aeroagrícola brasileira (que é a segunda maior do mundo) é movida a etanol”, completa Magalhães.