A CPFL Energias Renováveis S.A. (CPRE3), geradora de energia por fontes renováveis, apurou R$ 255,8 milhões de EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) no segundo trimestre de 2018 (2T18). O montante representa alta de 14,7% em comparação ao mesmo período de 2017.
A companhia também relata crescimento de 0,7% em sua receita líquida, que subiu para R$ 415,0 milhões. Já a geração de energia no trimestre teve queda de 4,4%, com 1.461,0 GWh.
Esta variação deve-se principalmente à menor incidência de ventos no Ceará, no Rio Grande do Norte e no Rio Grande do Sul, parcialmente compensada pela entrada em operação do Complexo Eólico Pedra Cheirosa, em junho de 2017.
Em decorrência desses fatores, a geração de energia dos parques eólicos apresentou redução de 5,6% (-48,1 GWh), quando comparada à geração do 2T17, assim como a geração de energia das PCHs que apresentou decréscimo de 7,9% (-27,7 GWh) no 2T18 em relação ao 2T17, principalmente devido às condições hidrológicas menos favoráveis na Região Sul.
Já a energia nas usinas de biomassa registrou aumento de 2,7% (+8,7 GWh) no 2T18, por causa basicamente do ganho de eficiência com geração com bagaço armazenado.
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Efeito positivo
A receita líquida total da CPFL Renováveis alcançou R$ 415,0 milhões no 2T18, 0,7% superior à receita do 2T17 (+R$ 3,0 milhões).
Essa variação é explicada pelo aumento de R$ 26,6 milhões na receita das eólicas, devido ao efeito positivo de R$ 24,4 milhões no 2T18 do leilão de energia nova por meio do Mecanismo de Compensação de Sobras e Déficits (MCSD), de modo que o preço do contrato firmado no mercado livre foi superior ao preço do contrato no mercado regulado para os oito parques eólicos que participaram desse leilão.
Houve ainda a entrada em operação comercial do Complexo Eólico Pedra Cheirosa. Esses efeitos foram parcialmente compensados pela menor geração dos complexos eólicos do Ceará, anteriormente operados pela Suzlon, e do Rio Grande do Norte.
EBITDA
No 2T18, o EBITDA totalizou R$ 255,8 milhões, 14,7% superior ao do 2T17 (+R$ 32,8 milhões). A margem alcançou 61,6% no 2T18, 7,5 pontos percentuais superior à do 2T17.
O resultado deve-se principalmente à recuperação retroativa de créditos de PIS e Cofins de encargos setoriais e de MSO (Material, Serviços e Outros) ocorrida no 2T18 (efeito não recorrente) e à baixa de ativo intangível de projetos de PCHs, pela incerteza de seu desenvolvimento, no valor de R$ 16,2 milhões, ocorrida no 2T17 (provisão não recorrente e sem efeito caixa). Tais itens foram parcialmente compensados pelo maior custo com compra de energia.