Otimizar a gestão em busca de resultados positivos no setor não é tarefa fácil, mas o CEO da ABS Consultoria, Vital Balboni, acredita que separar os apontamentos da gestão agrícola da gestão industrial seja um dos caminhos. “São características de resolução distintas. Porém, ambos têm em comum a média chefia como ponto de mutação. Reconhecemos, em 99% dos casos, que a média chefia que hoje está na gerencia dos negócios, é composta por pessoas que, por saberem operar os processos em que eram mão de obra direta, foram guinchados para a liderança. Parece razoável em um primeiro olhar, porém, observa-se uma carência em conhecimentos gerenciais que quando somados a sua própria experiência no dia-a-dia, enquanto mão de obra direta, causa um efeito de entropia (o grau de irreversibilidade de um sistema)”, diz o gestor da empresa especializada em Excelência Operacional em Processos, Aumento de Produtividade e Redução de Custos.
Para ele, encontrar uma melhoria hoje, exige enxergar os “problemas” como “oportunidades”. “Entretanto, a média chefia, em geral, enxerga os problemas como inerente à função, incorporando-os no “custo oculto” do processo e levando para “cima” a necessidade de mais recurso como solução. Como a alta direção tem esse histórico, simplesmente acata. Essa situação leva à improdutividade por definição matemática. Mais recursos no numerador diminui a relação com a disponibilidade. Resultado: crise de custos”, informa.
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Segundo o consultor, quando isso acontece, o empresário já não suportando mais os custos com o risco eminente de ficar insolvente, toma a decisão de cortar custos de investimento e com isso não se planeja para as mudanças de eficiência da próxima safra. “Recomendo o auxílio de um olhar externo capaz de enxergar, sem os vícios do dia a dia, o que deve ser melhorado para que não tome o caminho do contencioso e sim do consultivo”, finaliza.
