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Com nova queda, preço da gasolina acumula redução de 29,1%

Acumulado é desde 01/01

Foto: Divulgação/Petrobras
Foto: Divulgação/Petrobras

Às vésperas do início da safra 2020/21 na região centro-sul do país, as unidades produtoras enfrentam impactos negativos para o etanol hidratado.

Apenas nesta quarta-feira (19/03) a Petrobras cortou em 7,5% os valores da gasolina nas refinarias. Desde 01/01, a redução acumula 29,1%.

Essa queda impacta diretamente nos valores do biocombustível empregado nos veículos flex.

Para efeitos comparativos, o valor do litro do hidratado para usinas paulistas acumula queda de 7,79% entre 14/02 e 13/03.

A queda é apurada pelo Indicador Cepea, da Esalq/USP, e não leva em conta os impactos da nova redução de preços em vigor a partir de hoje nas refinarias.

Segundo o Indicador Cepea, o valor médio do litro para as unidades estava em R$ 1,9437 sem a incidência de PIS/Cofins e ICMS.

Em 14/02, o mesmo litro tinha valor médio de R$ 2,1203.

Valores do hidratado em queda livre:

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Sem hora para acabar

A tendência baixista de preços de combustíveis fósseis nas refinarias não tem hora para acabar.

É explicada pelas quedas consecutivas dos valores internacionais do petróleo, que também refletem temores por queda mundial de consumo por conta de recessão decorrente da covid-19.

Diante a situação, cresce a tendência de aumento de produção de açúcar pelas unidades produtoras do centro-sul.

Mas aí também há dúvidas: haverá mercado consumidor caso a produção do adoçante supere as 26,5 milhões de toneladas ofertadas pelo centro-sul na 19/20?

Essa produção foi divulgada pela UNICA e reflete o acumulado entre 01/04/19 e 01/03/20.

Como se sabe, os valores internacionais também têm registrado declínio.

Arnaldo Correa, da Archer Consulting, destaca o derretimento dos preços internacionais do açúcar.

“O mercado futuro de açúcar em NY encerrou a sexta-feira com o vencimento maio/2020 cotado a 11.68 centavos de dólar por libra-peso, uma acentuada queda de 134 pontos em relação à sexta anterior”, destaca ele.

Essa queda reflete 29,50 dólares por tonelada equivalentes a pouco mais de sete reais por saca de 50 kg.

“Desde a máxima, ocorrida no dia 12 de fevereiro, o mercado despencou de 15.90 para 11.68 centavos de dólar por libra-peso, ou seja, encolheu 26.7% em apenas 22 dias de pregão”, escreve ele.

“Foi a maior queda percentual no período de 22 dias desde maio de 2011 quando o mercado mergulhou de 28.07 para 20.47 centavos de dólar por libra-peso.”