As chuvas emperram a moagem de cana-de-açúcar no estado do Mato Grosso do Sul.
Na segunda quinzena de setembro último a quantidade da matéria-prima do etanol processada foi de 1,6 milhão de toneladas, 49,9% menor em relação ao processamento do mesmo período de 2017.
Roberto Hollanda Filho, presidente da Associação dos Produtores de Bioenergia do Mato Grosso do Sul (Biosul), o excesso de chuva na segunda quinzena de setembro foi o fator que influenciou o ritmo de moagem de cana.
“A média histórica de chuva no mês de setembro é de 102 milímetros e neste ano o registro foi de 211”, explica Hollanda Filho.
O volume de chuva também refletiu na qualidade da cana. Na segunda quinzena de setembro, a concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) por tonelada de cana foi 2,46% menor com relação à mesma quinzena da safra passada, registrando 140,94 kg. No acumulado, o indicador se manteve crescente com 136,63 kg, 4,6% maior com relação ao ciclo anterior que foi de 130,61 kg.
Alta de 1,28% no acumulado
No acumulado, a moagem da safra 18/19 no Mato Grosso do Sul atingiu 34,7 milhões de toneladas até 30 de setembro, volume 1,28% maior se comparado ao mesmo período acumulado da safra anterior.
Na produção acumulada da temporada, o etanol hidratado se manteve crescente com relação ao mesmo período do ano anterior. Foram produzidos 1,7 bilhão de litros do biocombustível, um aumento de 46,6%. Já o anidro, registrou o volume de 556 mil litros, 16,9% menor com relação ao acumulado da safra passada.
No total, a produção de etanol no Estado atingiu 2,3 milhões de litros, um aumento de 24% com relação ao ciclo anterior.
Com os impactos da chuva, a produção de açúcar, que já registrava queda ao longo da safra, foi ainda menor na última quinzena de setembro. De acordo com os dados da Biosul, nesse período a produção foi de 30 mil toneladas, uma queda de 75% com relação à mesma quinzena do ano passado. No acumulado, o açúcar registrou a produção de 749 mil toneladas, enquanto que no ano passado o volume foi de 1,2 milhão de toneladas, uma queda de 38,2%.
Mix de Produção
Apesar da desaceleração na moagem da cana, o mix de produção acumulado e quinzenal se mantém. Na última quinzena, o percentual foi de 86% para etanol e 14% para açúcar. Já no período acumulado, o percentual foi de 83% e 17%, respectivamente.
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