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Brasil abre oficialmente programação de painéis na COP 27

Programação contou com a realização dos primeiros painéis em Sharm El-Sheik, no Egito

Brasil abre oficialmente programação de painéis na COP 27

O estande do Brasil na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima  (COP 27), realizada em Sharm El-Sheik, no Egito, foi inaugurado oficialmente na terça-feira (8.11).

A abertura contou com a participação, por parte do Governo Federal, do ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, por meio de videoconferência.

A programação também teve a participação, diretamente do Brasil, do ministro da Educação, Victor Godoy, e do secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys. O estande brasileiro funcionará até o final da COP 27, no dia 18 de novembro.

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“Estamos aqui para mostrar um Brasil real. Um Brasil das energias verdes, que passa por agricultura sustentável, por uma indústria de baixo carbono, pelo empreendedorismo verde, e nada melhor do que estar junto do setor privado para dar escala a essa nova economia verde”, afirmou o ministro Joaquim Leite, referindo-se aos apoiadores do Brasil na COP 27.

O estande do Brasil em Sharm El-Sheik tem o apoio da Confederação Nacional da Indústria (CNI), da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE).

O secretário Nacional da Amazônia do Ministério do Meio Ambiente, Marcelo Freire, participou de painel que tve como tema a “Integração do Brasil no Mercado Global de Carbono”. O debate contou com a participação da representante do Ministério do Meio Ambiente do Japão, Maiko Uga, e do superintendente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Fabio Ribeiro, além do presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o brasileiro Marcos Troyjo, e de representantes de empresas ligadas ao mercado de carbono.

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“Temos que acelerar as ações. Quando pensamos em 2030 pode parecer que está distante, mas não está. Existem muitos países interessados no mercado de carbono e o Japão é um deles. Estamos muito animados em nos juntar ao Brasil neste mercado internacional de créditos de carbono”, disse Maiko Uga, representante do Ministério do Meio Ambiente do Japão.

Leilão global e chamamento público

Por possuir uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, com 84% de sua matriz elétrica tendo origem em fontes renováveis, contra uma média de 28% do restante do planeta, o Brasil tem potencial para se tornar um dos principais atores no mercado global de crédito de carbono.

Trata-se de uma realidade que já está em curso no país e a prova disso foi o papel do Brasil no maior leilão do mundo de créditos de carbono do mercado voluntário, realizado na última semana de outubro na Arábia Saudita.

O leilão contou com a participação de mais de 15 países que ofertaram créditos. Das 1,4 milhão de toneladas de créditos de carbono negociadas, 250 mil toneladas, o maior volume nas negociações, eram do Brasil.

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Em sua apresentação, Fabio Ribeiro destacou a atuação do BNDES no desenvolvimento e fortalecimento do mercado de créditos de carbono no Brasil e lembrou que o banco já realizou dois Editais de Chamada para Aquisição de Créditos de Carbono no Mercado Voluntário. O primeiro, em maio, foi uma operação-piloto no valor de até R$ 10 milhões. O segundo, no final de agosto, teve valor de R$ 100 milhões. A primeira chamada teve uma demanda de projetos de R$ 20 milhões. Na segunda, a demanda foi de R$ 500 milhões.

No total, o primeiro dia de programação do estande do Brasil na COP 27 contou com a realização de seis painéis. Além do mercado de carbono, foram debatidos o Futuro Verde na Mobilidade Urbana, a Governança como Instrumento de Aceleração do Desenvolvimento Sustentável na Gestão Pública, o Aperfeiçoamento do Inventário Nacional de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (GEE), o Mercado de Capitais e Ativos Ambientais e o Projeto Escola +Verdes, que contou com a participação do ministro da educação, Victor Godoy.

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“Sabemos da importância de levar para dentro das escolas a educação ambiental”, ressaltou o ministro da Educação, que apresentou o Projeto Escola +Verdes ao lado do ministro Joaquim Leite. Juntos, eles mostraram os casos de sucesso de escolas que receberam biodigestores, aparelhos que transformam resíduos orgânicos em biogás e fertilizantes líquidos, e que servem de exemplo claro e didático para que os alunos aprendam conceitos ambientais, como a importância da reciclagem.

Além da área destinada aos painéis, o estande do Brasil em Sharm El-Sheik conta ainda com o Palco Empreendedor SEBRAE, também inaugurado nesta terça-feira, onde são apresentados casos de sucesso de startups ligadas à economia verde.