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Biomassa da cana representa 62% de toda a cogeração feita no País

Gás natural representa 17% do total

Foto: Arquivo
Foto: Arquivo

62% é quanto representa a cogeração da biomassa da cana-de-açúcar de todo o volume cogerado no País.

Em resumo, a cogeração existente no País é de 18,5 gigawatts (GW).

A biomassa da cana supera o gás natural, que representa 17% da cogeração existente.

Por sua vez, o licor negro totaliza 14% da cogeração.

As informações refletem a produção em julho de 201 e são do DataCogen.

O que é DataCogen?

DataCogen é relatório mensal produzido pela Associação da Indústria de Cogeração de Energia (Cogen).

Segundo o relatório, o único projeto adicionado em julho foi de cogeração a partir do biogás de resíduos sólidos.

Esse projeto foi implantado em Seropédica (RJ).

E resultou em um acréscimo de 18 MW.

O incremento total em 2019 foi de 142,2 MW.

De acordo com o DataCogen, 75 MW correspondem a ampliações de capacidade instalada.

Em 2018, o incremento total foi de 215,5 MW.

“No setor, podemos ter incremento caso o Ministério de Minas e Energia acolha proposta para alterar a portaria 564/2014”, afirma o presidente da Cogen, Newton Duarte.

A portaria, diz, possibilita que uma ampliação de garantia física declarada passe a valer de imediato, nesse primeiro ano, pelas usinas que tiveram ganho de eficiência.

Outrossim, ou que tenham capacidade de comprar bagaço adicional de cana.

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Geração pode ser impulsionada em 10%

A proposta foi apresentada em maio pela Cogen em conjunto com a União da Indústria da Cana-de-Açúcar (UNICA) e Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel).

Aliás, a estimativa é que a alteração na portaria poderia impulsionar a geração em até 10% no período da safra (de abril a novembro).

Por sua vez, isso contribuiria para a poupança de cerca de dois pontos percentuais dos reservatórios das hidrelétricas no Sudeste/Centro-Oeste na temporada mais seca.

“De seu lado, esse mecanismo já foi utilizado e a Agência Nacional de Energia Elétrica e a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica veem com naturalidade.”

“Hoje, com a judicialização do GSF, não há sentido que as usinas invistam em comprar bagaço para gerar além da garantia física”, emenda.

Enfim, isso ocorre uma vez que elas precisam vender o excedente pelo Preço de Liquidação de Diferenças (PLD) e não vêm recebendo esses valores.

“Contudo, com a ampliação da Garantia Física, essa energia seria negociada no mercado livre e monetizada de imediato”, observa Newton Duarte.