Ernesto Klotzel, da AeroMagazine
O preço do querosene continua nas alturas em todo o mundo, cerca de 36,5% acima do valor registrado o ano passado.
Para administrar o aumento massivo que impactam diretamente nos custos operacionais, várias empresas aéreas estão remanejando a malha e cortando diversas rotas, além de estudarem um aumento nas tarifas aéreas.
Ainda que estudem elevar as tarifas, as empresas de todo o mundo estão tentando adequar seus custos operacionais a alta do combustível, tentando evitar repassar o maior custo as tarifas. O temor é afetar uma grande parte dos clientes, que são bastante sensíveis com relação ao custo.
Todavia, os biocombustíveis se mostram agora uma opção a alta de preço dos derivados do petróleo. O menor custo e a pegada ambiental são favoráveis.
De acordo com dados recentes a indústria da aviação é responsável por 2% das emissões de gases em caráter global e 10% das emissões no setor dos transportes, que devem crescer outros 10% nos próximos 10 anos, devido ao crescimento natural do tráfego aéreo.
À despeito da demanda crescente por uma alternativa para o combustível a trajetória não tem sido fácil para as companhias aéreas. Este mês, um projeto-piloto que visava a substituição de 1% ao menos de biocombustível usado em Genebra, Suiça, foi cancelado pelo governo do país.
A finlandesa Neste, especializada em biocombustível, não desistiu de seus planos e está criando uma nova infraestrutura em sua fábrica de Singapura, capaz de satisfazer a demanda do setor aeronáutico quando a nova iniciar suas operações, em 2022.
Além disso, anunciou planos semelhantes para o aeroporto de Dallas, nos Estados Unidos, sede da American Airlines. O produto já foi testado pela Boeing e Lufthansa.
A verdade é que os combustíveis renováveis não se tornarão disponíveis e acessíveis em grandes quantidades até que a indústria de aviação ofereça uma parte da demanda.
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