Até o começo da safra de cana-de-açúcar 2020/21, perto de 70% das unidades produtoras deverá estar cadastrada na Política Nacional de Biocombustíveis, o RenovaBio.
Como foi o encontro
“A Fiesp assinou um manifesto de apoio com 43 entidades empresariais”, lembrou.
“Este apoio está cada vez mais presente no parlamento”.
“Esse programa trouxe reconhecimento do desempenho ambiental dos biocombustíveis, certificação do processo e uso sustentável da terra”, disse.
Já Ismael Perina, da Orplana, disse que o RenovaBio será um diferencial para os produtores, “para que a gente siga produzindo cana com eficiência, com respeito ao meio ambiente”.
Redução de emissões
Evandro Gussi, diretor presidente da UNICA, também presente no evento e lembrou que o uso de biocombustíveis será capaz de reduzir as emissões de gases de efeito estufa entre 70% a 80%.
Já para o biodiesel, a oferta estimada é de 7,4 bilhões de litros, contra demanda de 11,1 bilhões de litros.
“Precisamos sair de modais unicamente rodoviários, para modais de massa, como dutos, cabotagem, ferrovias. São desafios que teremos de enfrentar com o RenovaBio.”
Ainda segundo Silva, os investimentos nesses novos modais serão da ordem de R$ 84 bilhões.
“O RenovaBio é um grande programa. No que depender de nós, vamos entregar a plataforma de regulamentação até janeiro”, contou.
CBIO
Outro ponto de destaque na reunião foi o Crédito de Desburocratização (CBIO), emitido pelo produtor, que terá os bancos como escriturários.
“O CBIO é um mercado de balcão, com negociação feita entre as partes, podendo usar intermediadores, como corretoras e plataformas eletrônicas”, explicou Fabio Zenaro, diretor de produtos balcão, commodities e novos negócios da B3.
O CBIO é um ativo ambiental regulamentado pelo Ministério de Minas e Energia (MME). A portaria para a regulamentação da escrituração está prevista para ser publicada ainda esta semana, segundo Renata Beckert Isfer, secretaria de petróleo, gás Natural e biocombustíveis do MME.
Quanto às emissões, estão previstas para iniciar em janeiro.
“Já temos quatro unidades produtoras credenciadas. O Brasil e EUA podem, juntos, trazer grandes avanços para o mundo com os biocombustíveis. Temos 43% de energia limpa no Brasil contra 13% no mundo. O biocombustível pode colocar o Brasil cada vez mais na liderança”, disse.
O presidente do Cosag reforçou que “quando os produtores começarem a perceber os benefícios desse programa, vão aderir”, disse Costa.
“O RenovaBio vai mostrar ao produtor o benefício que ele terá de fazer parte de uma grande cadeia de biocombustível”.
Por fim, Rogério Miranda, subsecretário de Política Agrícola e Meio Ambiente da Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia, destacou que “com o RenovaBio, no médio e longo prazo, pelo incentivo da produtividade, os preços dos combustíveis terão tendência de baixa. O etanol vai, na medida do possível, reduzir o consumo de combustíveis fósseis”.