Nesta terça-feira (10), no seminário sobre os desafios e oportunidades do agronegócio brasileiro, realizado pelo Instituto Pensar Agro (IPA) em Brasília, a Federação dos Plantadores de Cana do Brasil (Feplana) fez coro com as demais entidades do setor e deputados federais e senadores presentes no evento, em relação às críticas ao governo federal pela proposta de taxar o agro através da cobrança de 5% de IR sobre as Letras de Crédito Agropecuário (LCA), hoje isentas.
“A LCA desempenha um papel efetivo e cada vez mais importante para o financiamento do agro. Taxá-la reduzirá o interesse nela por parte dos investidores, provocando efeitos negativos sobre o setor. Portanto, somos contra essa mediação de aumento de carga tributária por parte do governo federal”, diz Paulo Leal, presidente da Feplana.
Feplana: governo federal deve estar em sintonia
Neste mês em que se celebra o Dia Mundial do Meio Ambiente, a Feplana defende que o governo federal também esteja em sintonia com as mudanças climáticas em relação ao agro brasileiro. Dessa forma, no seminário, foi debatido sobre as fragilidades do atual modelo do Plano Safra e se propôs soluções para garantir previsibilidade, ampliação de recursos e fortalecimento do seguro rural no país, neste contexto de alterações do clima.
Feplana: demandas e adaptações no crédito rural
Dentre as medidas sugeridas de adaptação no crédito rural, sobretudo diante do maior risco produtivo em função de tais mudanças do clima, demanda-se um planejamento de longo prazo com integração federativa.
Neste sentido, levando em conta a relevância do seguro rural como base para a segurança do produtor, faz-se necessária a adoção de medidas, inclusive do Fundo de Catástrofe, no qual se demanda inovações em produtos de cobertura. E avançar no Projeto de Lei (PL 2951/2024) da senadora Tereza Cristina, que propõe aperfeiçoamentos no marco regulatório do seguro rural.