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Açúcar remunera mais no exterior que no país

As exportações de açúcar na região Centro-Sul do Brasil estão mais remuneradoras nas últimas semanas que os negócios fechados no mercado doméstico. Levantamento da Job Economia e Planejamento mostra que as vendas externas, na semana passada, pagaram até 5% mais. Os cálculos consideram o câmbio médio em R$ 2,58 por dólar, segundo Júlio Maria Martins Borges, presidente da Job.

Dois fatores beneficiam a melhor remuneração das exportações, segundo a Job. Primeiro, é que os preços do açúcar no mercado interno estão com viés de baixa nas últimas semanas, acumulando queda de 4% desde o início do ano. Os preços internacionais tiveram o recuo menor no período, de 0,4%.

“Tem estoque de açúcar disponível nesta entressafra”, afirmou Martins Borges. Segundo ele, a melhor remuneração das exportações favorece a redução desses estoques. “As vendas neste período são convenientes, uma vez que evita a formação de altos estoques durante o início da nova safra [com início antecipado de maio para abril].”

Na comparação com o álcool, os negócios com açúcar pagam menos. De acordo com Martins Borges, os negócios com álcool no mercado interno remuneram entre 6% (no caso do hidratado) e 11% (para o tipo anidro) mais que o açúcar no mercado interno.

As exportações de açúcar do Centro-Sul devem somar entre 13,6 milhões e 14 milhões de toneladas nesta safra, a 2004/05, com encerramento em abril próximo. Na safra 2003/04, as exportações totalizaram 11,8 milhões de toneladas, segundo a União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica). Fernando Moreira Ribeiro, secretário-geral da Unica, lembrou que boa parte do açúcar exportado já não está mais nas mãos das usinas. Há cinco anos, havia pico de exportações em determinados meses. Segundo ele, o fluxo aumentou ao longo dos meses.

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