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Açúcar perde liderança histórica

O açúcar, que desde 1520 começou a ser embarcado para Europa nos porões dos navios dos colonizadores portugueses, sempre se manteve no topo da pauta de exportações de Pernambuco. Quase cinco séculos depois, a supremacia da tradicional cultura dá demonstração de que vai ceder o posto para os produtos químicos, na liderança do comércio internacional. Nos últimos cinco anos, o açúcar permaneceu com participação oscilando entre 25% e 35% na pauta. Já os químicos, que apareciam com uma tímida participação de 8,27% (2002), em julho deste ano alcançaram o patamar de 24%. A expectativa é que até o final de 2007 ocorra uma inversão da liderança nas vendas externas.

O avanço do setor químico foi motivado por produtos como borracha, chapas plásticas, acetato de vinila e, mais recentemente, pelas resinas PET fabricadas pela M&G, em Suape. De acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, de janeiro a julho deste ano, a indústria química se aproximou do açúcar. A diferença de receita entre os dois setores é de apenas US$ 24,6 milhões. As exportações de açúcar somaram US$ 131,5 milhões, contra US$ 106,9 milhões dos químicos.

O economista Uranilson Carvalho considera a provável alteração na liderança da pauta como perspectiva de um cenário positivo para o Estado. “Apesar de ser vanguardista no comércio internacional, Pernambuco tem se mostrado tímido nas exportações. A chegada da M&G está contribuindo para mudar esse cenário, apesar de a empresa também ser uma grande importadora de matéria-prima”, observa.

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