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‘Açúcar me trouxe ao Brasil’, diz investidor

“Açúcar. Todo meu interesse [no Brasil] é açúcar.” É com essa concisão que o empresário afegão Bashir Sulymankhel explica o que o fez investir no setor sucroalcooleiro da região de Ribeirão Preto, o mais tradicional polo canavieiro do país.

Com seu irmão, Sulymankhel é dono da Global Trading Company, empresa com sede na Califórnia (EUA) e que tem como o seu principal negócio plantio, processamento e venda da raiz do alcaçuz, usada pelas indústrias farmacêutica e tabagista.

Agora, os irmãos afegãos investirão R$ 10 milhões na compra e transporte de cana-de-açúcar para a usina Nova União, de Serrana, cidade vizinha a Ribeirão Preto.

Segundo o investidor, sua estratégia não é colocar dinheiro diretamente na usina.

“Nós não estamos investindo na Nova União. Nós os ajudamos a comprar cana e, assim, eles podem ganhar dinheiro e começar a pagar a dívida [da usina]”, disse.

Sulymankhel detém 64% do capital da empresa -o restante é de capital nacional.

Além dos R$ 10 milhões, a empresa com capital afegão investirá outros R$ 50 milhões em compra de cana-de-açúcar, que será levada para a moagem na Nova União.

INVASÕES

Nos últimos anos, mesmo com a dívida estimada em R$ 250 milhões e o início do processo de recuperação judicial, áreas no entorno da usina foram alvo de ao menos seis invasões do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra).

Os invasores afirmam querer implantar um assentamento rural na área da usina.

‘PARTE POLÍTICA’

Questionado sobre as disputas de terra no país, o afegão, que está há pouco mais de um mês no Brasil, afirmou que não conhece muito sobre “essa parte política”.

“Não me envolvi com isso [as invasões do MST]. Nós estamos aqui para fazer investimentos e criar empregos”, afirmou Sulymankhel.

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