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Açúcar mantém alta até o próximo ano

Ao contrário do que ocorreu nos últimos anos, o cenário não é tão favorável para os preços das commodities agrícolas nos próximos, segundo avaliação do “Economist Intelligence Unit”, da revista “The Economist”.

Uma das poucas exceções fica por conta do açúcar, produto que, devido à demanda internacional, vai manter tendência de alta.

Neste ano, o WCF (World Commodity Forecast), índice que acompanha os preços de 24 commodities, registra alta. Após ter crescido 13,5% em 2004, volta a subir 1,9%. Em 2006 e em 2007, no entanto, os preços devem cair 4,8% e 4,2%, respectivamente.

Já o índice FFB (Food, Feedstuffs and Beverages), que mostra as variações de bebidas, óleos e grãos, inicia processo de queda já neste ano. A redução será de 1%, após evolução acumulada de 16% nos anos de 2003 e de 2004.

As projeções do EIU mostram que os preços do açúcar vão atingir, em média, 10,75 centavos de dólar por libra-peso no próximo ano. Se confirmado, esse valor supera em 51% o de 2003. Safras e estoques menores, além de forte demanda internacional por álcool e açúcar, vão manter os preços em alta até o próximo ano. Em 2007, os preços caem 8,17% em relação aos de 2006.

As commodities do setor de bebidas, como café e cacau, continuam em alta neste ano, mas iniciam processo de queda em 2006. Recomposição de estoques e melhores safras segurarão os preços.

Já os tempos de euforia das commodities destinadas à produção de óleo e farelo terminaram. A soja em grãos, que custava US$ 301,50 por tonelada em 2004, recuará seguidamente até atingir US$ 249,30 em 2007. O óleo de soja segue a mesma tendência. Após alta de 15,3% em 2004, o produto recua 26% deste ano a 2007.

O milho também interrompe a trajetória de alta neste ano, recuando 13,1% em relação a 2004. Nos próximos anos, no entanto, o produto volta a subir.

O comportamento dos preços das commodities agrícolas nos próximos anos vai depender, ainda, do petróleo. Se o produto continuar com valores elevados, como os atuais, aumentará a substituição desse combustível por óleos vegetais na produção de biodiesel e de cana-de-açúcar e de milho na de álcool.

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