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Açúcar é prioridade em importante pólo agroindustrial de Angola

A produção de açúcar é uma das prioridades da Sociedade de Desenvolvimento do Pólo Agroindustrial de Capanda (Sodepac), para a safra 2013-2014. Segundo o presidente da empresa, Carlos Fernandes, à Agência Angop, a medida ajudará a reduzir a importação do produto.

Por isso, Fernandes admite que a produção de etanol de cana se tornará realidade por ser um dos objetivos da criação do pólo, mas não será prioritária enquanto Angola continuar a importar açúcar, que atinge a marca de 450 mil toneladas por ano. 

As fazendas Pedras Negras, Pungo-Andongo, Kizenga e a brasileira Biocom, do pólo agroindustrial de Capanda (PAC), poderão aumentar os seus níveis de produção na campanha agrícola 2013/2014, com a implementação de novas ações e investimentos. 

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Biocom: crédito – Odebrecht

A preparação do terreno da Biocom para a plantação de cana-de-açúcar iniciou-se em 2011 estando previsto que a fábrica entre em operação a partir de junho de 2014 e que produza 40 mil toneladas de açúcar. A Biocom dispõe de um terreno com cerca de 40 mil hectares, segundo o site Macauhub.

Ela será a primeira usina produtora de açúcar em Angola após a independência do país, que ocorreu em 1975. Em março de 2012, fechou seu primeiro ano/safra, com 3 mil hectares cultivados. Na maturidade da usina, prevista para 2017, a capacidade de produção será de 230 mil toneladas de açúcar cristal por ano/safra, de suma importância para um país que hoje importa esse produto de países como Índia e África do Sul. A Biocom irá produzir etanol anidro (33 mil m3/ano) e 158 Gigawatts/ano de energia elétrica para o sistema angolano. Na maturidade do projeto, 1.500 pessoas estarão empregadas, das quais apenas 3% expatriadas.

A administração da Biocom é composta por um consórcio entre o grupo brasileiro Odebrecht, que lidera e estatal angolana Sonangol, ambos com 40% e a empresa privada angolana Damer Indústria, com os restantes 20%.

Sobre o pólo

Criado em 2006, o Pólo Agroindustrial de Capanda compreende as explorações agrícolas Pedras Negras, Pungo-Andongo e Biocom e ainda o pólo de desenvolvimento agro-industrial da Kizenga, visando a aplicação de um modelo de desenvolvimento rural que seja sustentável, economicamente viável e ambientalmente inteligente.

O pólo tem uma área de 411 mil hectares, 270 mil deles destinados à produção em regime de sequeiro, 18 mil para o perímetro irrigado, 70 mil para reserva ambiental e dez mil para realojamento de pessoas, revela o site Macauhub. 

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