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Açúcar e café caem com crise na Europa e alta do dólar

Preocupações com a crise econômica na zona do euro pesaram ontem nos preços de commodities agrícolas. O pronunciamento do presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, não sinalizou grandes medidas para conter os problemas financeiros e fortaleceu o sentimento de aversão ao risco nos mercados. Além disso, em momentos de economia frágil a demanda por matérias-primas tende a ser menor. Neste cenário, os preços do açúcar terminaram o dia em forte baixa, no menor nível desde 5 de julho. Os contratos do produto para entrega em outubro cederam 2,30%, para 22,04 centavos de dólar por libra-peso.

Segundo analistas, os fundamentos de oferta e demanda do açúcar também começam a favorecer um declínio das cotações. A safra do Brasil, maior fornecedor mundial, já começa a chegar ao mercado internacional, apesar de atrasos por causa do clima. O que ainda dá algum suporte aos preços é o baixo volume de chuvas na Índia, segundo maior produtor e principal consumidor da commodity. Investidores esperam novas estimativas do governo para ter uma ideia sobre o tamanho das perdas.

O preço do café para entrega em setembro recuou 1,69%. No contexto de crise, o dólar subiu, o que tende a dificultar as importações de compradores que usam outras moedas. Por outro lado, as condições dos cafezais do Brasil ainda sustentam os preços. Ainda se espera um safra recorde, com mais de 50 milhões de sacas, mas produtores começaram a colher com atraso e a chuva prejudicou a qualidade do café.

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