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Açúcar e álcool puxam exportações

Pela segunda vez no ano, as exportações do agronegócio voltaram a crescer acima da média registrada em 2005. De janeiro a outubro, as vendas externas cresceram 13%, acima dos 9,6% apurados no mesmo intervalo do ano passado e somaram US$ 40,896 bilhões.

Com uma elevação de 29,8% nas vendas totais de outubro, a balança comercial do agronegócio apresentou um superávit de R$ 35,58 bilhões em dez meses, um resultado 11% superior aos R$ 32,022 bilhões de 2005. O Ministério da Agricultura estima um saldo positivo acima de US$ 42 milhões. A Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA) ainda aposta em US$ 39 bilhões.

Em caso de manter o ritmo registrado até outubro, o ministério estima encerrar este ano com um recorde de US$ 48 bilhões nas exportações, quase o dobro dos R$ 24,8 bilhões de 2002, o último ano da gestão Fernando Henrique Cardoso. No ano passado, as vendas do agronegócio somaram R$ 43,6 bilhões. A CNA mantém sua estimativa para o acumulado do ano em US$ 45 bilhões.

O resultado do período só não foi melhor porque as importações registraram uma explosão, aumentando 28,5% até outubro, para US$ 5,315 bilhões. As compras já superaram em R$ 205 milhões o total de R$ 5,11 bilhões registrados em 2005. No ano passado, as importações cresceram apenas 5,5%. As variações absolutas mais significativas ocorreram nas aquisições de trigo, que aumentaram de US$ 529 milhões para US$ 775 milhões (46%); de borracha natural, que dispararam de US$ 232 milhões para US$ 316 milhões (36%); e de algodão, que foram elevadas de US$ 39 milhões para US$ 93 milhões (139%).

Em dez meses deste ano, o maior incremento absoluto nas vendas externas foi registrado no setor sucroalcooleiro. O valor exportado aumentou US$ 2,289 bilhões, passando de US$ 3,871 bilhões, em 2005, para US$ 6,16 bilhões neste ano. Os valores correspondem à quase metade do aumento das exportações do agronegócio no período. O espantoso crescimento foi impulsionado, segundo o coordenador Eliezer Lopes, pela elevação dos preços do açúcar – 54,6% para o açúcar em bruto e 64% para o açúcar refinado. A quantidade exportada foi 5% menor no período. Ao mesmo tempo, as exportações de álcool cresceram 113% em valor em função da elevação de 30% no volume exportado com preços 64% superiores.

De janeiro e outubro, também apresentaram importantes incrementos absolutos as exportações de produtos florestais, cereais, farinhas e preparações, couros e produtos de couro, sucos de frutas, fumo e café.

Carro-chefe da produção nacional, o complexo soja registrou elevação de apenas 1,4% em suas vendas ao exterior, passando de US$ 8,183 bilhões para US$ 8,295 bilhões. Os embarques do complexo carnes cresceu 2%, somando US$ 6,992 bilhões até outubro.

Os embarques do período foram concentrados no Oriente Médio, que teve um crescimento de 28%; Nafta (19%); África (18%); e Ásia (13%). A União Européia continuou a ser o principal comprador de produtos agropecuários brasileiros, com uma fatia de 31,2% das exportações totais. Em seguida, vieram Ásia (19,7%) e Nafta (16,4%).(MZ)

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