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Acordos no Japão devem superar US$ 2 bi

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai assistir à assinatura de 13 contratos entre empresas brasileiras e japonesas na sexta-feira, em Tóquio, no final do seminário “Brasil-Japão: Oportunidades de Comércio e Investimento”, que reunirá cerca de 700 empresários dos dois países. No total, os acordos deverão superar US$ 2 bilhões, segundo o embaixador Mário Vilalva, diretor do Departamento de Promoção Comercial do Itamaraty. É um dado superior ao divulgado pelo lado japonês, que fala em US$ 1,7 bilhão.

Esses contratos, porém, ainda não serão suficientes para que o governo ponha em marcha seu objetivo de mudar o paradigma das relações econômicas e comerciais bilaterais.

Duas das maiores companhias brasileiras, que já atuam no Japão, responderão por seis desses contratos – a Petrobrás e a Vale do Rio Doce.

Os acertos mais substanciais serão apenas dois. O primeiro, um memorando de entendimento sobre a estruturação financeira do projeto de modernização da Refinaria Vale do Paraíba (Revap), que envolverá US$ 900 milhões, entre a Petrobrás, o Japan Bank for Internacional Cooperation (JBIC), o Sumitomo Mitsui Banking Corporation (SMBC) e as empresas Mitsui, Itochu e Nexi. O segundo, um acordo de cooperação entre uma fabricante brasileira de tubulações para petróleo e gás, a Etesco, e a Mitsubishi Corporation, para os serviços em plataformas continentais, de US$ 400 milhões.

A Petrobrás ainda assinará um memorando para reforçar a cooperação com o JBIC, um memorando sobre um pacote de financiamento com o SMBC e o Grupo Nexi e um memorando de cooperação nos estudos logísticos para a exportação de etanol brasileiro ao Japão, a ser firmado com a Vale e o Grupo Mitsui.

O presidente Lula, entretanto, deixará o país, no dia 28, sem nenhuma posição fechada sobre o início de embarques de etanol ao Japão, ainda pendentes de confirmação da capacidade de fornecimento do produto pelos usineiros nacionais e de manutenção de preços. Os empresários japoneses acham que o Brasil só conseguirá vender etanol ao Japão em cerca de três anos.

Esse é o período necessário para montar a logística de armazenagem e distribuição. O álcool também enfrenta o lobby das montadoras japonesas e a concorrência do petróleo. O Japão aprovou recentemente uma lei que autoriza o uso optativo de gasolina com 3% de etanol (chamado de E-3).

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) também assinará um empréstimo com o JBIC, que permitirá financiar US$ 500 milhões para obras de infra-estrutura no Brasil e para indústrias voltadas à exportação.

Entre outros contratos da agenda, o de cooperação entre o JBIC e o Ministério de Ciência e Tecnologia em projetos do mecanismo de desenvolvimento limpo.

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