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Acordo entre Rússia e EUA pode sair em Moscou

Os Estados Unidos estão dispostos a assinar com a Rússia um protocolo bilateral para a entrada russa na Organização Mundial do Comércio (OMC) antes da cúpula do G-8, que começa sábado, em São Petersburgo. Tenho certeza de que Rússia e EUA firmarão um acordo durante a cúpula bilateral prévia ao G-8, disse ontem Andrew Somers, presidente da Câmara de Comércio Americana na Rússia. Somers qualificou de histórica a oportunidade de concluir as negociações comerciais entre os dois países.

Em caso de acordo, a assinatura do protocolo comercial poderia ocorrer durante a visita do presidente americano, George W. Bush, à Rússia, no sábado. Ontem, Bush exortou a Rússia a proteger os direitos de propriedade intelectual e a permitir a entrada dos produtos agrícolas americanos, se quiser entrar na OMC. Estes são os dois principais pontos de atrito entre os países. A Rússia concluiu negociações bilaterais com todos os 149 países-membros da OMC, exceto os EUA.

A energia será outro tema central da reunião do G-8. Muitos países estão preocupados com a relação entre produtores e consumidores de energia. O governo francês teme a formação de um cartel no fornecimento de gás. A França insistiu para que fosse incluída na declaração do G-8 sobre segurança energética uma referência a energias renováveis, onde a energia nuclear será citada, pela primeira vez, como alternativa à energia fóssil. A França e o Brasil devem divulgar também uma declaração conjunta em defesa dos biocombustíveis.

Além do Brasil, estarão na cúpula China, Índia, México e África do Sul, unindo-se aos países do G-8: EUA, Canadá, Reino Unido, França, Itália, Alemanha, Japão e Rússia.

A luta contra as doenças infecciosas e a educação serão outros tópicos debatidos durante a cúpula. Devem ser assinadas quatro declarações: uma sobre as negociações da OMC, uma sobre a África, uma contra o terrorismo e outra contra a pirataria internacional.

NEGOCIAÇÃO

A representante de Comércio Exterior dos EUA, Susan Schwab, chega hoje à Rússia para negociar com o ministro russo de Desenvolvimento Econômico e Comércio, Herman Gref.

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou na semana passada que, caso não haja um acordo, a Rússia se sentirá liberada das obrigações adotadas em suas negociações comerciais para entrar na OMC. No começo do ano, Putin acusou os EUA de imporem impedimentos adicionais e prolongarem artificialmente as negociações.

Segundo analistas, o acordo pode estar próximo, já que o centro da discórdia, a negativa russa a permitir a implantação de filiais de bancos estrangeiros, desapareceu da agenda das negociações

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