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Ações começam o ano com a corda toda

A bolsa brasileira começou 2007 com o pé direito. Em um dia em que se esperava que o mercado local fosse devagar – sem o pregão da Bolsa de Nova York pelo feriado nos EUA em homenagem ao ex-presidente Gerald Ford -, as ações começaram o primeiro pregão do ano surpreendendo positivamente. Muitos papéis subiram bem e apenas duas horas depois do início dos negócios o Índice Bovespa já ultrapassava os 45 mil pontos, um novo recorde, encerrando os negócios em 45.382 pontos, com alta de 2,04%.

Esse movimento de alta influenciou também o mercado futuro. Próximo do fechamento, às 18h, o Ibovespa futuro era negociado na BM&F a 46.100 pontos, também um recorde. Em última instância, o índice futuro acima do à vista significa que os investidores acreditam que as ações continuarão subindo no mínimo até o próximo vencimento do Ibovespa futuro, no dia 14 de fevereiro. Um índice futuro em 46.100 pontos até lá representaria um ganho anualizado de 13,45%, ou, esticando a projeção, um Ibovespa em torno de 51.500 pontos no fim do ano frente à pontuação de ontem. Ou seja, dentro das projeções dos analistas, que avaliam o índice entre 51 mil e 55 mil pontos em dezembro.

Índice sobe 2% no dia e ultrapassa os 45 mil pontos

“A bolsa subir bem assim em um dia em que os estrangeiros estão fora dos negócios é uma prova de que os investidores locais também estão comprando ações, animados com as perspectivas do mercado”, diz a chefe de análise da Ativa Corretora, Mônica Araújo. Nessa linha, ela acredita que as melhores oportunidades devem estar em setores de infra-estrutura, como energia elétrica e concessões rodoviárias, que serão o alicerce para o crescimento econômico tão alardeado pelo presidente da República. As ações do setor de consumo também serão amplamente beneficiadas por um crescimento mais vigoroso da economia, lembra Mônica.

Ajustes para o novo Ibovespa

A divulgação da nova carteira do Ibovespa e dos Índices Brasil (IBrX) de 50 e de 100 ações, que valerão entre janeiro e abril, contribuiu para a valorização ontem. No novo Ibovespa ingressaram as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da Cosan, Cyrela e Submarino e as preferenciais (PN, sem direito a voto) da Gol. Não por acaso as ações da Cosan subiram 5,45% – a maior alta do novo Ibovespa – e as da Submarino 3,58%. Apesar de o mercado já ir calculando antes as mudanças do Ibovespa, os fundos de ações passivos (aqueles que têm o objetivo de replicar fielmente o índice) fazem os ajustes, comprando as ações que ganharam peso e vendendo as que perderam, apenas na estréia da nova carteira, exatamente para não correr o risco de se descolar do índice. A Link Corretora divulgou relatório apontando a alta competitividade do Brasil tanto na produção de açúcar quanto de álcool e recomendando a compra das ações da Cosan, uma das maiores representantes do setor, diz o analista João Severiano Ribeiro Neto.

Entre as mudanças estão o setor de construção e transporte, que subiu de 2,50% para 5,36%, o de consumo não cíclico (varejo, consumo), de 5,56% para 7,59%, e o de petróleo, de 15,81% para 16,69%. Entre os perdedores, destaque para siderurgia, que caiu de 13,53% para 12,26%, e telefonia, de 15,56% para 12,55%.

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