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Acirra-se disputa por cotas para exportação de açúcar

A cobiçada cota preferencial de exportação de açúcar para o mercado norte-americano deve voltar a ser alvo de polêmica. Depois das incessantes tentativas do Grupo Cosan – gigante do setor no Centro-Sul – de questionar na Justiça o processo de distribuição das cotas para o Norte/Nordeste, o embate agora deve acontecer dentro da própria região.

O Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool de Pernambuco (Sindaçúcar-PE) está iniciando um movimento na tentativa de repartir o bolo de acordo com os níveis de produção e geração de empregos da agroindústria nos estados.

O presidente do Sindaçúcar, Renato Cunha, diz que pelo sistema atual Pernambuco está transferindo renda para outros estados. “Para se ter uma idéia, na safra 1962/63, Pernambuco respondia por 80% das exportações de açúcar para os Estados Unidos. Agora, essa fatia caiu para 43%”, compara. Criada em 1960 para diminuir a desvantagem competitiva dos produtores do Norte/Nordeste em relação aos do Centro-Sul. Para a safra 2003/04, a cota preferencial estabelecida foi de 160 mil toneladas.

Apesar de o volume ser pequeno, se levado em consideração que as exportações nordestinas de açúcar devem somar 2,1 milhões de toneladas nesta safra, a cota preferencial americana responde por 14% do faturamento das vendas externas.

Enquanto a cotação média da tonelada de açúcar para esta safra está estimada em US$ 155, no mercado dos EUA esse valor sobe para US$ 400. Atualmente, cerca de 100 usinas do Norte/Nordeste vendem açúcar no mercado preferencial norte-americano, movimentando US$ 50 milhões em negócios por safra.

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