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Acionista põe mais capital próprio no project finance

As estruturas de “project finance” em 2006 foram financiadas com uma participação maior de capital dos acionistas – 30%- e uma fatia menor de dívida -70%- em relação aos respectivos 20% e 80% de 2005. É isso que mostram os dados da Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid). O total de capital investido nos financiamentos de projetos saltou de R$ 1,1 bilhão para R$ 1,4 bilhão. Já o total de dívida nos projetos caiu de R$ 4,3 bilhões para R$ 3,2 bilhões.

“As empresas foram ao mercado de capitais e estão mais capitalizadas, por isso podem colocar uma parte maior de recursos próprios nas sociedades de propósito específico que vão tocar os projetos de investimento”, diz Demósthenes Madureira, vice-presidente executivo do Unibanco. Ele lembra que os fundos de private equity – que investem no capital de empresas para depois vender essa participação com lucro – nacionais e estrangeiros estão cada vez mais interessados no setor de infra-estrutura do Brasil, por causa da possibilidade de retorno no curto prazo.

Segundo ele, esse apetite vai ajudar a impulsionar ainda mais o segmento em 2007. O executivo revela que o Unibanco já tem neste momento 30 operações em execução – cinco hidrelétricas, quatro Pequenas Centrais Hidroelétricas, cinco linhas de transmissão, um campo de gás, dois projetos no setor de petróleo, um no setor rodoviário, cinco no setor de açúcar e álcool, um no setor de cimento, um no setor de saneamento, e duas PPPs.

Em 2006, segundo a Anbid, o Unibanco foi o primeiro no ranking de assessor financeiro nas operações de concessão. “Há tempos, que focamos nossa atividade nos setores de concessões públicas e project finance, que nos permitem ter ativos interessantes no balanço e ao mesmo tempo ganhar comissões com assessoria”, comenta o executivo. O banco acaba de contratar Eduardo Schultz, que vai participar da área de crédito com foco em “project finance”.

Já o ABN Amro ficou em primeiro lugar nos rankings de assessor financeiro, estruturador e emprestador para “project finance”. “Nosso foco são projetos sustentáveis, a maioria de energia renovável”, diz Guilherme Alice, superintendente executivo do ABM Amro. Segundo ele, o banco só financia projetos que levam à queima de combustível fóssil se eles utilizarem novas formas de tecnologia, que tornem a produção mais eficiente e menos agressiva ao meio ambiente. “Vamos manter o nosso viés de sustentabilidade e priorizar cada vez mais o biocombustível”, afirma o executivo.

O Santander, o segundo colocado em assessoria financeira e estruturação de “project finance, já tem neste momento mais de dez projetos em execução, segundo Jean Pierre Dupui, vice-presidente de finanças estruturadas. “Somos fortes no setor de energia elétrica e vemos grandes oportunidades no biodiesel”, diz.

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