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A exportação de açúcar branco deve crescer com seca européia

A seca que assola boa parte dos países da União Européia, ameaçando a produção local de açúcar, pode beneficiar as exportações do produto brasileiro.

Com uma produção menor, a Europa deverá reduzir suas exportações de açúcar branco, que em média são mais de 6 milhões de toneladas/ano, abrindo mercado para o produto nacional, segundo Elisabete Serodio, da União da Agroindústria Canavieira de São Paulo (Unica).

Atualmente, o açúcar europeu é um dos maiores concorrentes do Brasil em diversos países (Emirados Árabes, Egito, Nigéria, entre outros), com um agravante: o produto europeu é subsidiado, o que torna a concorrência desleal.

Esse fato já está sendo discutido em um contencioso junto à Organização Mundial de Comércio (OMC).

“Com o aumento das vendas para países abastecidos pela Europa, as vendas externas de açúcar branco do Brasil podem saltar dos atuais 2 milhões de toneladas, para 4 milhões de toneladas”, afirma Elisabete. Fato como este já ocorreu na safra 2001/02, quando a Europa reduziu suas exportações em razão da quebra de safra e o Brasil dobrou as vendas externas.

Já para o mercado europeu, segundo Elizabete, o abastecimento ficará a cargo das ex-colônias, como prevê o acordo comercial, onde a Europa importa, sem a incidência de sobretaxas, 1,3 milhão de toneladas de açúcar de países da África, Caribe e Pacífico.

“Para o Brasil, a Europa impõe muitas restrições — sobretaxas e cotas — que inviabilizam as vendas para aquele mercado.”

Quanto aos preços internacionais, segundo Elisabete, ainda é muito cedo para estimar se haverá mudanças. “Qualquer previsão neste momento será de caráter especulativo.”

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