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À espera de uma produção recorde, Minas comemora

Mario Campos, Siamig
Mario Campos, Siamig

Em Minas Gerais, um dos maiores Estados produtores de etanol do país, o anúncio do aumento do preço da gasolina foi comemorado por usineiros como a segunda boa notícia do ano. Em março entrou em vigor uma medida que reduziu o ICMS sobre o etanol de 19% para 14%. A redução teve um reflexo direto nos postos. As vendas entre janeiro e agosto cresceram 130% em relação ao mesmo período de 2014, para 1,07 bilhão de litros. Ajudaram também os aumentos autorizados no início do ano do PIS Cofins e da Cide sobre a gasolina.

Agora, o reajuste da gasolina tende a dar impulso extra aos produtores mineiros do biocombustível. “O produtor de etanol vai poder vender seu produto por um preço um pouco mais alto às distribuidoras. Hoje, esse preço não cobre os custos”, disse Mário Campos, presidente do Siamig, que reúne as usinas sucroalcooleiras do Estado. “O ânimo agora é outro”. Mesmo que o anúncio da Petrobras aumente os custos dos usineiros, que usam plantadeiras, colheitadeiras e caminhões movidos a diesel, que também subiu, o impacto final é positivo, destacou.

Há 37 usinas sucroalcooleiras em Minas. Oito não resistiram à conjuntura adversa e fecharam as portas nos últimos anos. Mas quem resistiu, ganhou embalo. “Em 2015, vamos produzir 3 bilhões de litros de etanol, maior marca da história”. O Estado é o terceiro maior produtor do biocombustível do país, atrás de São Paulo e Goiás, e o segundo maior consumidor. O segmento deve faturar no Estado R$ 7 bilhões neste ano.

Fonte: (Valor)

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