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A cana mudando de mão

O Incra pagou um zoneamento agroecológico aplicado em áreas de 21 assentamentos da zona da mata de Pernambuco (Rio Formoso, Amaragi, Tamandaré, Barreiros, Ipojuca, Palmares e São José da Coroa Grande) cujo resultado confirmou a aptidão das terras de assentamentos para a cana-de-açúcar, ao lado de outras atividades como a pecuária e a piscicultura. Mas o estudo continua engavetado, pois não chegou ser divulgado para os trabalhadores ali assentados.

O estudo foi produzido pelo Grupo de Pesquisa Reforma Agrária e Desenvolvimento Sustentável (Grades) – formado por pesquisadores do Departamento de Letras e Ciências Humanas da UFRPE – e serviu de base para que a Fadurpe se habilitasse a ser uma das operadores no Promata, com um projeto de desenvolvimento sustentado onde será recomendada a ocupação de no máximo dois hectares com a cana (essa área permite que os tratos culturais e o corte – cana crua de preferência – sejam feitos exclusivamente com mão-de-obra familiar).

As dificuldades estão no fato de que, hoje, não são permitidos créditos para que assentamentos invistam em cana-de-açúcar, o que levou a maioria dos projetos a sugerir que a base do assentamento se fixe em culturas com as quais os trabalhadores não tinham qualquer experiência, inviabilizando-os economicamente.

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