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À beira do mar, destilado e sítio disputam majestade

Alguns dizem que é a melhor de Paraty. Mas, mesmo que não se possa chegar a um consenso sobre esse aspecto, é inconteste dizer que a cachaça produzida por Maria Izabel Gibrail Costa no sítio Santo Antônio vem de um dos alambiques mais bonitos da região, quiçá do Brasil. O Santo Antônio fica à beira de um mar de águas tranqüilas, defronte à bela ilha do Araújo.

A produção começou há nove anos. Em 2004, com o excesso de chuvas, Maria Izabel obteve apenas 9.000 litros da aguardente que leva seu nome no rótulo. “A chuva em demasia prejudica o teor de açúcar da cana”, explica. O objetivo é chegar a produzir 20 mil litros por ano.

Segundo ela, esse é o volume que lhe será possível atingir possivelmente em 2006 com seus seis hectares de cana-de-açúcar.

A alambiqueira nem pensa em utilizar a matéria-prima de outras terras que não as suas.

“Fico mais preocupada com a qualidade do que com a quantidade. Por isso só uso minha própria cana, moída no mesmo dia em que foi cortada.”

Como o sítio fica à beira-mar, Maria Izabel, quando ainda não tinha cana suficiente para manter a sua produção, chegou a trazer carregamentos a bordo de barcos para sua terra. “Era muita trabalheira.”

Ela tem bem definido seu estilo de vida. Nada de estresse. “Não tenho muita pretensão. Vivo da produção do alambique, mas, quando preciso, vendo uns cocos, uns abacaxis.” Nascida na fazenda Bananal, atual Murycana, é assim que Maria Izabel leva sua vida no sítio que comprou há 22 anos e onde vive há 16. Questionada se um lugar tão bonito e tranqüilo trazia felicidade, respondeu: “A nossa felicidade nós levamos para onde vamos”. E completou: “Mas que esse ambiente ajuda, ajuda”.

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