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A arte de cortar, carregar e levar

O crescimento acelerado do setor sucroalcooleiro aumenta a responsabilidade e amplia os desafios para o Corte, Carregamento e Transporte (CCT), uma área considerada estratégica para manter e elevar os índices de competitividade das unidades produtoras de açúcar e álcool. Mecanização do plantio e da colheita, qualidade das operações, preservação ambiental, especialização da mão-deobra são assuntos que nunca estiveram tão em alta nas usinas. Há mudanças

de paradigmas em todas as etapas que envolvem a execução de serviços no CCT. “Precisamos de profissionais para a área de manutenção, com formação mínima no ensino médio. Mas, engenheiros são muito bem-vindos para esse trabalho”. A frase do coordenador do Grupo de Motomecanização (Gmec) do setor sucroalcooleiro, Luís Antonio Ferreira Bellini – que é engenheiro mecânico de manutenção automotiva do Grupo Nova América -, mostra que algo novo está acontecendo nas oficinas, lavouras, caminhos e estradas por onde trafegam máquinas e veículos de grande porte. O computador de bordo, cada vez mais presente em diversas frotas, é apenas um exemplo que revela a necessidade da área de motomecanização incorporar novos conceitos e superar desafios. A paisagem no canavial está também passando por mutações. A falta de trabalhadores para o corte da cana está alavancando a colheita mecanizada mais rapidamente do que as xigências

ambientais. Além de operadores, tratoristas e outros colaboradores, o

setor tem necessitado de mecânicos especializados que possam trabalhar

com painéis, que utilizam recursos da informática, conforme exemplo de Luís Bellini. Mas, não é só isto. A leitura de manuais em CDs, o uso de lap top e da internet para a verificação de dados e outras consultas colocam definitivamente a oficina na era digital.

O treinamento, visando a formação básica e o aprimoramento técnico,

tornou-se fundamental para a manutenção e a execução de outras operações vinculadas ao Corte, Carregamento e Transporte. Segundo o

coordenador do Gmec, as unidades produtoras, instituições de ensino

técnico e profissionalizante e os próprios fabricantes de equipamentos

devem enfrentar esse desafio, formando e aprimorando mão-de-obra para o mercado. A intensificação de cursos não deve se restringir, no entanto, à área de manutenção automotiva. Bellini lembra que os trabalhadores devem ser preparados adequadamente para que sejam evitados, ou minimizados, o pisoteio da soqueira, a compactação do

solo e o transporte de impurezas mineral e vegetal, entre outros cuidados que precisam ser adotados.

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