Mercado

Governo dos EUA insiste que TLC não danificará setor açucareiro

O representante de Comércio Exterior dos EUA, Robert Portman, insistiu nesta terça-feira que o Tratado de Livre Comércio (TLC) assinado com a América Central e a República Dominicana não prejudicará o setor açucareiros de seu país.

Em uma tentativa de superar a oposição no Congresso, Portman alegou que a quantidade de açúcar proveniente desses países é muito pequena, apenas 1,2% da produção americana. Se ainda assim surgir “qualquer problema” no mercado interno, o governo poderá limitar as importações desses países afetados e compensá-los, segundo estabelece o Tratado de Livre Comércio (TLC), explicou o funcionário.

O TLC dos EUA é com Honduras, Guatemala, Nicarágua, Costa Rica, El Salvador e República Dominicana.

Portman fez estas declarações à imprensa durante uma recepção oferecida pela Câmara de Comércio dos EUA em homenagem aos presidentes dessas seis nações latino-americanas, que se encontram neste país para promover o acordo.

A indústria açucareira americana, que está muito protegida, é o principal setor empresarial que se opõe ao pacto, o qual deve ser ratificado pelos parlamentos dos países signatários para entrar em vigor.

Também se opõem a ele os sindicatos americanos e grande número dos da América Central e República Dominicana, que consideram que o texto não protege suficientemente os trabalhadores.

Dezenas de opositores mostraram sua opinião hoje em um protesto em frente à sede da Câmara de Comércio, a uma quadra da Casa Branca.

Eles receberam os presidentes, que chegavam em seus automóveis rodeados de agentes de segurança, gritando em espanhol: “Aí estão, esses são, os que vendem a nação!”