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Cenea irá articular negócios por meio de pesquisas universitárias

O Ceará já conta com o Centro de Energias Alternativas (Cenea), que tem a função de articular o ambiente de negócios por meio de pesquisas produzidas nas universidades. O lançamento foi ontem à noite, na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) em evento que reuniu representantes de governo, de entidades de classe, empresários nacionais e do exterior e comunidade acadêmica. O presidente do Cenea e diretor da Fiec, economista Francisco Antonio de Alcântara Macedo, diz que o centro se propõe a agregar especialistas de todo o mundo para gerar inovação tecnológica e patentes. “Vamos disputar projetos de vulto”, diz o dirigente. Conforme Macedo, as operações do Cenea iniciam amparadas em convênios, incluindo grupos internacionais, universidades, governo do Estado e Fiec, com proposta de oferecer sustentabilidade científica e de negócios ao setor.

Para manutenção do centro, a expectativa é contar com recursos compulsórios, conforme Lei 9.991, que prevê aplicação em projetos originados nas empresas geradoras, distribuidoras e transmissoras de energia, com a supervisão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O montante deverá atingir R$ 600 milhões, correspondentes a 1% da receita operacional líquida das companhias”, acrescenta.

O diretor-financeiro do Cenea, Lenardo José Saraiva de Castro, diz que as oportunidades geradas pelos os Fundos Setoriais, principalmente os de energia CT-Energ e o de petróleo CT- Petro, também podem ajudar o setor. Conforme a Lei o CT-Energ está autorizado a aplicar R$ 75 milhões em P&D ainda este ano, dos quais 30% no Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Outros R$ 25 milhões do fundo estão contigenciados. “Estamos trabalhando na tentativa de liberar esses recursos”, afirma Castro. Em relação ao CT-Petro, a mesma lei autoriza investimentos de R$ 145 milhões, sem considerar a contingência de R$ 462 milhões. O Cenea está acompanhando também a implantação Empresa de Pesquisa Energética, criada em março de 2004, disposto a contribuir com os estudos de energias alternativas, principalmente as aplicadas ao Nordeste, eólica solar e biomassa. “A expectativa é elaborar em três anos, um conjunto de projetos e investimentos da ordem de R$ 30 milhões”, adianta o diretor.

O Ceará tem em carteira 14 projetos de geração de energia eólica para implementação até 2008. Os investimentos previstos em projetos eólicos, contemplados no Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica, o Proinfa, estão estimados em US$ 700 milhões, com a geração superior a 500 MW, até 2008.

kicker: O Ceará tem em carteira 14 projetos de geração de energia eólica em condições de ser implementados até 2008