A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) reuniu as principais propostas e pleitos do setor sucroenergético no documento “O Futuro é Agro”, apresentado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) aos candidatos à Presidência da República.
O documento, que teve a UNICA como uma das autoras, é amplo e abrange diversos aspectos do agronegócio, sendo um dos capítulos dedicado a agroenergia, em que se destacam medidas importantes para valorização das energias renováveis, como o etanol, o biodiesel, a bioeletricidade e o biogás.
O documento pode ser acessado aqui.
No âmbito dos biocombustíveis, a principal proposta é a regulamentação da Política Nacional dos Biocombustíveis, o RenovaBio, no sentido de estimular a expansão de sua produção, bem como de reduzir a emissão de gases de efeito estufa no setor de transportes, contribuindo para o cumprimento das metas ambientais assumidas internacionalmente pelo do Brasil.
“O RenovaBio trará mecanismos para remunerar os produtores e dará previsibilidade aos investimentos no longo prazo, sem renúncia fiscal, sem novos tributos e sem subsídios. Se temos uma meta de redução de emissões, saberemos o volume que devemos produzir e quanto devemos investir para isso. É uma janela grande de oportunidade de negócios para a retomada de crescimento do setor”, afirma Elizabeth Farina, presidente da UNICA.
Para que a indústria se mantenha competitiva e consiga crescer em um mercado, onde a economia de baixo carbono tem ganhado cada vez mais espaço, é necessário que as externalidades positivas desse setor sejam valorizadas. A indústria que produz etanol, açúcar e bioeletricidade a partir da cana-de-açúcar, gera 800 mil empregos diretos, contribui para a balança comercial brasileira e cria divisas.
Além disso, o consumo de etanol nos carros flex gera benefícios ao meio ambiente e à saúde, já que em todo seu ciclo de vida, consegue reduzir em até 90% as emissões de CO2, se comparado à gasolina. Para isso, uma das propostas é realizar uma reforma tributária, considerando a manutenção da competitividade atual do etanol frente a gasolina e criar políticas públicas para estimular o avanço de tecnologias de propulsão avançada para motores flex, como os veículos híbridos flex e elétricos movidos a células de combustível a etanol.
Para a bioeletricidade e biogás, outro ponto relevante do documento, a UNICA defende a criação de um ambiente regulado para a biomassa e biogás com maior participação dessas fontes nos leilões de energia, entre outras medidas, como fortalecimento do mercado livre de comercialização.