A divulgação da ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) ontem não causou grande estardalhaço no mercado, mesmo com o documento sinalizando que os juros básicos devem seguir em queda no futuro.
O número de contratos DI negociados na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros) foi 11,5% menor que o giro do dia anterior. As taxas futuras oscilaram de forma diversa em cada vencimento. Nos contratos mais curtos, as taxas chegaram a recuar um pouco. Já nos papéis de vencimento de prazos mais longos houve uma ligeira alta.
O DI -que considera os juros praticados nas operações entre os bancos- com prazo em abril de 2004 fechou com taxa de 17,81% ao ano, contra 17,77% no dia anterior.
No contrato de janeiro de 2004, que indica as projeções das instituições financeiras para a virada do ano, a taxa caiu de 18,23% para 18,21%, o que indica a expectativa de que a Selic (taxa básica de juros) estará em torno de 17,5% após o encontro do Copom de dezembro. A taxa no contrato de maior negociação, com prazo em julho do próximo ano, foi de 17,62% para 17,70%.
A Selic foi reduzida para 19% ao ano pelo Copom na semana passada.
Na Bolsa de Valores de São Paulo, o saldo do sobe-e-desce dos pregões da semana é positivo até o momento.
Na semana, a Bovespa acumula alta de 1,5%. No pregão de ontem, o ganho do índice das ações de maior giro -o Ibovespa- foi de 0,83%.
As ações da Vale do Rio Doce ajudaram a evitar que a Bovespa encerrasse o dia no vermelho. Os papéis preferenciais “A” da Vale subiram 4,1%, seguidos pelos ordinários, que tiveram alta de 3,3%.
O giro de ontem não foi dos mais expressivos, ficando em R$ 875 milhões, abaixo do R$ 1 bilhão diário girado, na média, na última semana.
O papel ON da Light foi o que registrou o maior ganho do pregão, com alta de 5,2%. A maior perda de ontem ficou com as ações preferenciais da Net, que recuaram 3,5%.
O dólar encerrou as operações de ontem praticamente estável. No fim do dia, a moeda era vendida a R$ 2,85.