Na Alca, Brasil joga com a geopolítica

Há muito mais em jogo nas negociações da Área de Livre Comércio das Américas (Alca) do que simplesmente fatores objetivos. “A posição do Brasil de querer primeiro criar o Mercosul para depois negociar com os EUA tem muito a ver com o estabelecimento de forças geopolíticas que vão além dos acordos comerciais.” Essa é a avaliação de Letícia Costa, presidente da Booz Allen Hamilton no Brasil. Para ela, “o País ainda está tentando estabelecer o seu papel no cenário internacional”, e a Alca viria em boa hora, “porque é um veículo para o Brasil tentar, por meio das negociações, assumir essa posição”.

Os EUA gostariam, entretanto, que o Brasil tivesse uma posição mais submissa, segundo a executiva.