
O Grupo São Martinho divulgou ao mercado nesta quarta-feira, dia 8, seus resultados financeiros e produtivos em relação ao terceiro trimestre da safra 2016/17.
Os bons preços do etanol e açúcar no ano passado possibilitaram resultados positivos para o grupo no acumulado, com incrementos na receita, lucro e vendas de seus produtos. Desempenho nos últimos três meses ficou abaixo do esperado, influenciado pela queda no volume de vendas.
1 – Alta em todos os indicadores financeiros no acumulado dos três trimestres
No acumulado dos últimos nove meses, o Grupo São Martinho consegui apresentar crescimento em todos os indicadores financeiros do grupo. Segundo aponta o grupo, o fato ocorre pelos bons preços do açúcar e etanol.
2 – Lucro líquido no acumulado do ano totalizou R$ 164,4 milhões, alta de 22%
O resultado é reflexo dos dos melhores preços de vendas do etanol e açúcar. No terceiro trimestre o resultado foi de R$ 55,8 milhões, queda de 29,5% em relação ao mesmo período da safra anterior. O desaceleramento das vendas de açúcar nos últimos três meses influenciou o resultado.
3 – Receita líquida cresce 10,7% no acumulado da safra, porém tem queda de 13,3% no trimestre
Devido os melhores preços de comercialização no acumulado da safra, a receita do grupo cresceu 10,7%, atingindo R$ 2,228 bilhões.
No terceiro trimestre da safra 2016/17 a receita líquida da São Martinho totalizou R$ 739,3 milhões, redução de 13,3% em relação ao mesmo período da safra anterior.
Segundo a companhia, o cronograma de embarques de açúcar direcionado somente para o próximo trimestre e a menor produção de etanol foram responsáveis pela retração.
4 – Ebitda Ajustado do Grupo São Martinho totalizou R$ 341,6 milhões
O valor representa uma queda de 17,1% em relação ao mesmo trimestre da safra anterior, consequência da menor produção de açúcar e etanol na safra. No acumulado do ano o Ebitda Ajustado cresceu 9,2%, atingindo R$ 1,044 bilhão, reflexo dos melhores preços de comercialização de açúcar e etanol no período.
5 -Moagem cai 3,7% em relação à safra 15/16
Os canavial da São Martinho foram afetados por três geadas durante a safra 2016/17, reduzindo a produtividade (TCH) e o ATR.
O processamento no ciclo ficou em 19,3 milhões de toneladas de cana-de-açúcar.
6 – Queda nos estoques de açúcar e etanol
Os estoques da produção do grupo apresentaram redução em relação ao mesmo trimestre da safra anterior.
Os estoques de açúcar registraram 390 mil toneladas, o estoque de etanol hidratado apresentou queda de 47,1% e de anidro reduziu 2,7%.
7 – Etanol respondeu por 47,8% do EBITDA Ajustado consolidado no trimestre. Açúcar representou 50% na safra
No trimestre, o etanol teve a maior margem no EBITDA Ajustado consolidado do grupo, representando 47,8%. O açúcar representou 43,9% e a energia 5,8%.
No acumulado da safra o açúcar respondeu por 50,0% do EBITDA Ajustado consolidado, o etanol respondeu por 38,0% e a energia por 8,3%.
8 – Menor volume de vendas reduz 0 Custo dos Produtos Vendidos (CPV) em 9,5%
O CPV caixa do grupo totalizou R$ 338 milhões no trimestre, redução de 9,5% em comparação com mesmo período da safra anterior. A queda é reflexo do menor volume vendido no trimestre.
9 – Aumento do Consecana e dos volumes de venda no acumulado da safra incrementam em 12% CPV
O comportamento é contrário no acumulado da safra, que totalizou R$ 985,2 milhões, alta de 12,0%. Resultado maior que o mesmo período da safra passada. Segundo o grupo, o resultado ocorreu pelo maior volume de vendas e aumento do Consecana no período.
10 – Hedge: 332 mil toneladas de açúcar foram fixadas ao preço médio de USD 18,48 cents/pound
As fixações de preços de açúcar para a safra 2016/17 totalizaram 332 mil toneladas ao preço médio de USD 18,48 cents/pound, valor próximo de 92% do total produzido.
Até o final de 2016, as fixações de preços de açúcar para a safra 2017/18 somavam 500 mil toneladas, fixados ao preço médio de USD 20,02 cents/pound. Volume que representa aproximadamente 51% da cana própria e 37% do total do açúcar, considerando produção estimada de 1,35 milhão de toneladas.
11 – Dívida líquida totalizou R$ 2,9 bilhões
No terceiro trimestre, o Grupo São Martinho aumentou sua dívida liquida em 4,2% em relação ao último trimestre da safra anterior, totalizando aproximadamente R$ 2,9 bilhões.
Segundo informou o grupo, grande parte do aumento da dívida liquida no período foi reflexo dos investimentos em capital de giro, principalmente para financiar os estoques. O grupo prevê que grande parte deste capital de giro será convertido em caixa.
Relatório completo disponível neste link.