Agricultura

Produtores planejam investir nos canaviais em 2017

Massa de ar seco se romperá após 23 de outubro
Massa de ar seco se romperá após 23 de outubro

Na reta final da colheita de cana-de-açúcar em Piracicaba –considerada uma das áreas mais produtivas do estado de São Paulo –, o setor calcula uma quebra de safra em torno de 15%. Apesar do baixo desempenho, os bons preços alcançados pela matéria-prima mantêm os produtores motivados a aplicar recursos na cultura, após pelo menos três anos de baixos investimentos.

Há 50 anos na atividade, o produtor Odair Novello afirma que nunca registrou um desempenho tão baixa do canavial: 74 toneladas por hectare. “A gente não investiu o que deveria, então produziu muito pouco”, diz ele, que mantém quase 7 mil hectares ocupados pela cultura em Piracicaba.

O diretor patrimonial da Cooperativa dos Plantadores de Cana do Estado de São Paulo (Coplacana), José Rodolfo Penatti, afirma que o segmento tem enfrentado dificuldades financeiras há vários anos, detendo a renovação dos canaviais. “Com isso, eles vão ficando mais velhos e a produção vai diminuindo”.

Penatti lembra ainda que a cana-de-açúcar enfrentou problemas climáticos, com tempo encoberto. “Quanto mais chuva e sol, melhor para o crescimento vegetativo da cana, numa sequência que levou à quebra de safra”.

O cenário atual leva a acreditar que a safra 2017 terá melhor desempenho. O representante da cooperativa está confiante de que os agricultores irão aproveitar as boas cotações para fazer os tratos culturais adequadamente. Para a próxima safra, o valor projetado para pagamento pela concentração de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR), que serve como índice para a remuneração da cana, é de R$ 0,68 a R$ 0,69 o quilo.

Odair Novello acredita que os preços da cana se manterão interessantes pelos próximos dois anos. Por essa razão, está investindo R$ 6 milhões para renovar 20% do canavial.

As informações são do Canal Rural.

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