Mercado

Bônus de energia custará quase R$ 700 mi ao Tesouro

Nove meses depois do fim do racionamento, o Tesouro Nacional continua repassando dinheiro para as distribuidoras de energia para compensar o pagamento de bônus para os consumidores. No total, o governo deverá gastar aproximadamente R$ 690,5 milhões -70% a mais do que havia sido projetado em fevereiro, no fim do racionamento. O gasto foi maior que o esperado porque durante o racionamento não houve arrecadação suficiente com a sobretaxa, e o governo decidiu estender o benefício do bônus até o fim de março.

O bônus foi criado no racionamento para incentivar a economia de energia. Recebiam bônus na conta de luz os consumidores com meta de consumo inferior a 225 kWh/mês e que economizassem mais do que a meta. Para quem economizasse e gastasse menos do que 100 kWh/mês, o bônus era de R$ 2 para cada R$ 1. Para quem tem meta menor do que 225 kWh/mês, o bônus era de R$ 1 para cada R$ 1 economizado.

A idéia era que o pagamento do bônus fosse feito com o que as distribuidoras arrecadassem com sobretaxa -tarifa maior cobrada de quem ultrapassava as metas. No fim do racionamento, no entanto, a arrecadação ficou em R$ 431 milhões, e os pagamentos de bônus, em R$ 832 milhões. Como o governo havia se comprometido com o pagamento do bônus mesmo se não houvesse arrecadação com a sobretaxa, a conta ficou com o Tesouro. (Folha de SP)

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