O Brasil é um dos países da América Latina com mais restrições à entrada de consumidores de energia no mercado livre, em que o cliente escolhe seu fornecedor.
Entre 12 países, fica em 11º, à frente só da Argentina, onde não há essa modalidade de contrato. Os dados são da Abraceel (associação de comercializadores).
“É preciso ter um cronograma para abrir a todos os consumidores, inclusive os residenciais, porque hoje só os grandes têm acesso ao mercado livre”, afirma Reginaldo Medeiros, presidente da associação.
Pela regra atual, quem consome entre 500 kW e 3.000 kW pode comprar energia de fontes renováveis, e os que ultrapassam esse limite são livres para adquirir de qualquer tipo de gerador.
O gasto dos clientes desse tipo equivale a 27% da energia que o país utiliza, segundo João Carlos Mello, presidente da consultoria Thymos, especializada no setor.
“Quem adere no presente são os da faixa entre 500 kW e 3.000 kW. Se todos eles passarem a escolher seus fornecedores, 43% do consumo seria livre, um avanço significativo”, afirma.
(Fonte: Folha de São Paulo)