A Companhia de Bioenergia de Angola Ltda. (Biocom), que tem a Odebrecht como sócia, pretende ir de atuais 15 mil hectares de cana-de-açúcar para 40 mil.
A informação é de Marco Brandão, diretor de produção da empresa, em entrevista para a Rede Angola. Ele não explica em quanto tempo a companhia pretende triplicar a área canavieira.
A Biocom tem unidade produtora no Polo Agro-Industrial de Capanda (PAC), na Província de Malanje, município de Cacuso. Hoje, a companhia ocupa área total de 81,2 mil hectares, dos quais 70,1 mil são agricultáveis e 11 mil “reservados à preservação permanente da fauna e flora local”, segundo a empresa.
“O nosso objectivo sempre foi produzir açúcar – na verdade, o etanol é um sub-produto do açúcar. É verdade que o nome Biocom remete para os biocombustíveis e talvez a confusão na mente de algumas pessoas venha daí”, explica o executivo da empresa.
“O etanol é um componente utilizado na indústria de bebidas espirituosas (na produção de vodka, por exemplo) ou de produtos de limpeza”, emenda ele, para a Rede Angola. “A fábrica é auto-suficiente na produção de energia (através de um processo de co-geração que utiliza componentes da cana-de-açúcar) e tem uma capacidade excedentária de energia que é vendida à Rede Nacional de Transporte de Eletricidade (RNT).”
Saiba mais sobre os sócios da usina
- 20% do capital – Sonangol
Empresa estatal Angolana do ramo petrolífero que tem como objectivo principal a prospecção, pesquisa, desenvolvimento, produção, transporte, comercialização, refinação e transformação de hidrocarbonetos líquidos e gasosos e seus derivados, incluindo atividades de petroquímica; - 40% do capital – COCHAN
Empresa líder em investimentos globais de capital em mercados de elevado potencial, actuando nos segmentos de comércio, agro-indústria e logística comercial; - 40% do capital – Odebrecht Angola Projectos e Serviços Lda
Empresa angolana que atua na área de engenharia, agro-indústria, mineração e construção civil.