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Alvean falha em obter lucro em 15/16 com perdas na negociação de açúcar

Alvean irá operar como uma entidade independente
Alvean irá operar como uma entidade independente

Perdas na divisão de trading de açúcar na segunda parte do ano safra 2015/16, quando os preços subiram constantemente, prejudicaram o desempenho financeiro da Alvean, a maior comerciante global da commodity, que não conseguiu obter um lucro.

A Alvean, uma joint venture de comércio de açúcar entre a empresa de alimentos Cargill e a brasileira Copersucar, teve bons resultados no início do ano safra, mas um resultado ruim na segunda parte apagou os ganhos anteriores, disse o presidente-executivo da Copersucar, Paulo Roberto de Souza.

“No caso da Alvean, temos dois fatores. Um é o mercado físico… originar açúcar e entregar no destino. Isso foi espetacular… No lado do trading… não foi um ano bom para a Alvean… E portanto terminou no zero a zero”, afirmou Souza, em entrevista a jornalistas nesta terça-feira.

Ele se recusou a elaborar sobre as estratégias de negociação.

A Alvean foi formada em 2014, quando a Cargill e a Copersucar decidiram combinar suas operações de comércio global de açúcar.

Souza disse que a empresa negociou 11,5 milhões de toneladas de açúcar, ou cerca de 30 por cento do mercado global, de abril de 2015 a março de 2016.

A empresa espera que o volume aumente entre 10 e 15 por cento na atual temporada, estimando a produção de açúcar do centro-sul em cerca de 35 milhões de toneladas, ante 31,5 milhões de toneladas na temporada passada.

Os preços do açúcar aumentaram de forma constante desde meados de 2015, à medida que as projeções de déficit global foram acentuadas.

O açúcar bruto para outubro, em Nova York, atingiu uma máxima de contrato de 20,22 centavos de dólar por libra-peso em 16 de junho.

As usinas no Brasil venderam antecipadamente a produção enquanto o mercado subia, mas muitos fixaram os preços muito cedo, ficando vulneráveis a chamadas de margem da bolsa.

A Copersucar, que é responsável pela venda de açúcar e etanol produzido por 20 grupos do Brasil, registrou lucro líquido de 32 milhões de reais no período 2015/16, ante prejuízo de 8 milhões de reais em 2014/15. A receita líquida saltou 25 por cento, para 26,3 bilhões de reais.

A empresa registrou vendas do biocombustível em 2015/16 de 5 bilhões de litros, alta de 16,3 por cento ante a temporada 2014/15, favorecida pelo crescimento da demanda e pela recuperação dos preços.

Fonte: (Reuters)

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