
A maior usina de etanol da Europa foi desativada esta semana pelo grupo espanhol Abengoa. Após recorrer à corte dos Estados Unidos para proteção contra falência, a Abengoa confirmou a inviabilidade de continuar a produção do biocombustível em sua maior unidade no continente europeu.
Entenda o caso

A unidade, localizada no Porto de Rotterdam, foi obrigada a encerrar suas atividades após a divisão holandesa do grupo decretar falência, neste dia 11.
Internamente, a unidade sofria com um elevado alongamento de suas dívidas aos fornecedores.
Produtora de etanol de milho, a unidade possuía capacidade anual de 480 mil metros cúbicos do biocombustível.
Os contratos para fornecimento do grão foram cancelados nesta segunda-feira, dia 9. O anúncio aconteceu por meio do escritório de advocacia Borsboom & Hamm, localizado em Rotterdam.
Falência
O Portal JornalCana entrou em contato com o escritório holandês, que confirmou o fechamento da unidade e a falência da Abengoa Netherlands, declarada nesta quarta-feira, dia 11, às duas horas da tarde no horário local.
“O objetivo de nossa diretoria é vender a fábrica o mais rápido possível para um novo e viável grupo subsidiário. Um número significativo de partes demostrou interesse nesta aquisição da usina, a diretoria trabalha para acelerar este processo”, afirmou em nota o grupo.
A divisão americana do grupo teve garantida pela corte dos Estados Unidos a proteção contra falência, mesmo com objeções de seguradoras americanas, que apontavam ser necessário um aporte bilionário para reestruturação da companhia de energia.
Traders que operam na região confirmaram que o fechamento da unidade não implicará em imediato déficit de etanol, pois os tanques da unidades estão próximos da capacidade máxima. Porém a expectativa é elevação das importações do biocombustível, principalmente da América Central, para manutenção da oferta do produto.