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Entidades pedem fusão de ministérios a Michel Temer

Usina sucroalcooleira na região de Ribeirão Preto (SP)
Usina sucroalcooleira na região de Ribeirão Preto (SP)

Uma antiga crítica de lideranças do setor sucroenergético pode ser em parte solucionada, caso o vice-presidente da República, Michel Temer, assuma a presidência da República.

A crítica diz respeito aos vários ministérios aos quais o setor sucroenergético precisa recorrer. O ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, sempre foi crítico a essa situação e fazia questão de lembrar que o setor de usinas de cana precisa recorrer a mais de cinco ministérios para a gestão de seus negócios, como a Agricultura, Meio Ambiente, Desenvolvimento Agrário, Minas e Energia, Fazenda e Planejamento.

Na tarde de terça-feira (27/04), Temer recebeu representantes de entidades do agronegócio, que também representam o setor sucroenergético. Participaram do encontro executivos da Sociedade Rural Brasileira (SRB), Frente Parlamentar de Agricultura (FPA), Instituto Pensar Agro (IPA) e da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

Um dos saldos do encontro foi que Temer assumiu o compromisso de que manterá diálogo com o setor antes de tomar grandes decisões sobre o agronegócio em seu governo.

Na pauta do encontro, a SRB e as entidades representativas discutiram a fusão das atividades do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) às do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), a política agrícola e o crédito rural.

Investimentos

Também foram pauta da reunião a permissão de investimentos em propriedades rurais no Brasil por estrangeiros, assim como a estruturação de mecanismos de financiamento que permitam a implantação do Código Florestal e dos compromissos assumidos pelo Governo Federal na Conferência do Clima (COP 21), em Paris, em dezembro de 2015.

Para Junqueira, o momento é oportuno para uma contundente reafirmação dos compromissos do Brasil com o direito à propriedade privada. Entre as principais medidas para confirmação desses compromissos, Junqueira destaca a necessidade de criação de um decreto presidencial para regulamentar a Lei nº 6001, que acate as orientações do Supremo Tribunal Federal (STF) acerca das demarcações indígenas e quilombolas “É preciso assegurar aqueles que habitam no campo brasileiro e produzem que não serão ofendidos em seu direito de propriedade e expropriados de investimentos realizados na terra”, diz.

Junqueira também reafirma a necessidade de estabelecimento de marcos legai para que o investimento em infraestrutura pelo setor privado e estrangeiros seja possível no médio prazo.

Nesse sentido, a SRB defendeu a preparação e o envio ao Congresso Nacional de projeto que estabeleça uma Lei Agrícola moderna e de caráter estruturante para o Brasil. “A Lei Agrícola deve abordar os assuntos de incentivos financeiros, relações trabalhistas, defesa alimentar, entre outros, com uma visão moderna de comércio e relações exteriores”, conclui Junqueira.

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