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Raízen e GranBio revelam novidades sobre o 2G. Saiba aqui

Raízen e GranBio revelam novidades sobre o 2G. Saiba aqui

c_37_37_7002As companhias com operações sucroenergéticas GranBio e Raízen, joint venture da Shell e da Cosan, apresentaram suas estratégias para produção de etanol 2G, ou celulósico, na F. O. Licht Sugar & Ethanol Brazil, evento na capital paulista realizado pela consultoria alemã F. O. Licht entre 25 e 27/04.

O Portal PortalCana divulga as projeções feitas por executivos da GranBio e da Raízen. Confira a seguir:

A Raízen está quase pronta para iniciar a segunda fase de produção de etanol celulósico, ou 2G, em sua unidade industrial de Piracicaba (SP).

Segundo Evandro Curtolo da Cruz, gerente de novas tecnologias da companhia sucroenergética, durante a F. O. Licht Sugar & Ethanol Brazil, na capital paulista, essa segunda fase é a fermentação dedicada do carbono.

Conforme o executivo disse no evento, a previsão é a de início da segunda fase no mês de maio próximo.

Cruz lembrou no evento que está no período de silêncio da companhia, que é listada na Bolsa, e portanto foi impedido de divulgar dados de produção da unidade 2G da companhia, que entrou em produção na safra 2015/16.

No primeiro ano, disse, a companhia vivenciou uma curva de aprendizado, como o uso de novos materiais mais resistentes à abrasão e a implementação de sistema mais robusto de remoção de impurezas minerais.

Para adequar a unidade de Piracicaba para a segunda fase de produção, o executivo da Raízen revelou estar otimista com os resultados apresentados até agora. “O etanol 2G continua sendo foco e prioridade dentro da empresa”, concluiu ele no evento da F. O. Licht.

GranBio

Celso Fiori, da GranBio, que opera a unidade Bio+1, na cidade de São Miguel dos Campos (AL), informou, durante o painel:

1 – Há distância entre perspectiva e realidade e isso é difícil, principalmente em se tratando como projeto desafiador. O projeto vem desde 2013.

2 – Em novembro de 2014, quando da inauguração da planta, a primeira da América do Sul de 2G, descobriu-se que há fase de aprendizado, vivenciada agora. Detecta-se agora os gargalos. Temos de trabalhar bastante contra o caminho tortuoso

3 – Outras plantas partiram, como a GranBio, e passam por problemas semelhantes. Todas operam ao lado de 2015 (no Brasil, a GranBio e a Raízen) e ficaram abaixo da capacidade de produção plena. Mas todas produziram.

4 – Avançamos também em outras fontes, como a biomassa. Havia problemas de impurezas minerais: palha carregava até 8% de impurezas para a indústria. Agora, com parceiro, há sistema de limpeza e impurezas caíram para menos de 2%.

5 – Empresa processa a Cana Vertix, cana-energia com duas vezes mais potência de biomassa em relação à cana convencional. Há duas variações da cana-energia patenteadas.

6 – Desde 2014, Brasil e mundo registraram situações como queda abrupta do preço do petróleo, o que fez reduzir a confiança do investidor no setor de renováveis. Há a crise política, junto com a econômica, o que dificulta a alavancagem da indústria de sucroenergia. O Brasil tem o maior potencial de biocombustíveis, mas não há política focada nesse setor.

7 – Hoje sabemos onde atuar em relação ao 2G. Mas operações da planta foram suspensas. Planta ficará parada até o fim de outubro, começo de novembro, com modificações para obter a produção de etanol esperada.