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Cargill prevê exportar até 600 mi l de álcool do Brasil em 2006

A subsidiária brasileira da Cargill prevê exportar em 2006 de 500 a 600 milhões de litros de álcool a destinos “bem diversificados”, informou nesta segunda-feira Luiz Pretti, diretor financeiro da Cargill Brasil.

O volume é praticamente igual ao embarcado pela companhia em 2005, de 500 mil metros cúbicos, afirmou ele, durante um seminário em São Paulo.

Questionado por repórteres se a empresa tem interesse em investir na compra de usinas no Brasil, Pretti foi evasivo: “A Cargill está sempre interessada em investimentos no país. A gente já é um grande trader no Brasil, mas é muito difícil falar em investimento produtivo porque este é um assunto estratégico.”

Em 2005, a Cargill associou-se com outras duas empresas para adquirir o controle da Açucareira Corona, no que seria o primeiro investimento feito pela gigante norte-americana na produção de açúcar e álcool no Brasil.

Mas a negociação fracassou e a Corona acabou nas mãos do grupo Cosan .

A Cargill é a principal trading no mercado brasileiro de açúcar e, assim como outras empresas atuando neste mercado, começou nos últimos anos a realizar embarques de álcool, aproveitando o interesse mundial pelo produto brasileiro.

A companhia mantém uma associação com a brasileira Crystalsev numa planta de desidratação de álcool no Caribe.

A respeito dos efeitos da recente volatilidade nos mercados para o setor produtivo, Pretti destacou que a principal dificuldade é trabalhar num cenário de falta de previsibilidade para os negócios.

Mas ponderou que empresas como a Cargill não são tão afetadas porque têm uma política de hedge disciplinada.