Mercado

Plantio de cana-de-açúcar cresce na Ásia

Os altos preços do açúcar devem estimular a produção de cana-de-açúcar na Índia, na Tailândia a na China, acreditam analistas da C. Czarnikow Sugar Ltd., a maior corretora de açúcar do mundo. Os preços atuais incentivam o plantio, declarou Toby Cohen, diretor de pesquisa da Czarnikow. “Os produtores podem faturar um bom dinheiro com os preços nesse nível”.

Os preços do açúcar refinado em Londres quase dobraram nos últimos 12 meses à medida que os investidores compraram o produto devido a especulações de que a alta dos combustíveis estimularia a demanda por etanol, combustível alternativo à gasolina fabricado a partir da cana-de-açúcar.

O açúcar para entrega em maio recuou US$ 1,10, ou 0,2% para US$ 475,90 a tonelada na bolsa londrina Liffe.

O açúcar não-refinado (demerara) em Nova York atingiu seu recorde de 25 anos, de 19,73 a libra-peso em 3 de fevereiro passado. Ontem, a commodity fechou a US$ 18,33 a libra-peso.

Os produtores de cana-de-açúcar estão plantando safras que poderão ser colhidas dentro de 12 meses para tirar proveito dos preços, disse Cohen.

Em fevereiro passado, a Czarnikow corrigiu sua estimativa para o déficit produtivo do atual ano-safra para 5,44 milhões de toneladas, a partir das 3 milhões de toneladas anteriores, citando produção menor do que a prevista no Brasil.